Professor de 43 anos está revoltado após o filho, de apenas 8 anos, passar por um episódio vexatório e constrangedor na Escola Estadual Coronel Alves Ribeiro, o “Cejar”, em Aquidauana.Segundo o pai, que terá a identidade preservada, o filho pediu para a professora para ir ao banheiro, já que estava com dor de barriga, mas teve o pedido negado e acabou fazendo as necessidades no pátio da escola.

Segundo o pai, após a negativa da professora, o filho então mandou uma mensagem para ele, falando que queria fazer cocô. “Ele me mandou a mensagem e fui até a escola. Chegando na porta da sala de aula, chamei a professora e falei para chamar meu filho e perguntei se era ela ou ele que tinha mandado a mensagem. Só que, ao invés dela tirar ele da sala e conversar em particular comigo ou com ele, ela começou a falar alto na sala, sobre o fato dele ter usado o celular”.

O pai explica que a esposa está viajando e como tem outros dois filhos, deixou o filho de 8 anos levar o celular na mochila, para qualquer emergência. Ele ainda contou que quando foi tirar o filho da sala, a professora colocou o braço, impedindo a saída, dizendo que ele teria que pedir autorização para a coordenação. “Eles me conhecem, meu filho estava apertado, então puxei ele por debaixo do braço dela, mas quando chegou no pátio, ele não aguentou e fez as necessidades na roupa, até pediu desculpa”.

O professor universitário destaca que o filho estava andando até travado. “Ele estava travadinho, o carro estava no portão da escola, então pedi para ele segurar mais um pouco e fui correndo falar na coordenação, mas não deu tempo, por sorte, os colegas não viram, já que o trauma poderia ser maior. A única coisa que ele me fala agora é que não confia mais nessa professora, pediu para trocar de sala”.

O pai então se revoltou e foi até a Delegacia e registrou um boletim de ocorrência.

Em nota, SED (Secretaria Estadual de Educação) informou que a criança não pediu para ir ao banheiro à professora e que não houve falhas no procedimento. O pai rebate e afirma que o filho pediu sim para ir, e que mesmo sendo tímido, não tinha motivos ou receio de pedir, já que tinha muito carinho pela professora.

Confira:

“A Secretaria de Estado de Educação (SED), por intermédio da Coordenadoria de Gestão Escolar (Coges), entrou em contato com a direção da E.E Coronel Alves Ribeiro e foi informado que, em momento algum, o estudante comunicou à professora o desejo de sair da sala para ir ao banheiro. O aviso, por parte do aluno, foi enviado – via mensagem de celular – diretamente ao pai, que foi até a escola para buscar a criança. Contudo, de acordo com a direção, ao chegar na EE o responsável se dirigiu de forma ríspida e empurrou uma das servidoras enquanto era impedido de ir até a sala de aula, uma vez que não havia se identificado antes de entrar na unidade. De acordo com a equipe de gestão da escola, os familiares/responsáveis não informaram à direção qualquer tipo de restrição do estudante quanto ao uso do banheiro na escola, fato esse observado nos hábitos do aluno. A SED lamenta o ocorrido, mas salienta que não houve falha nos procedimentos previstos no regimento escolar