Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (17), em Campo Grande, a segunda fase da operação Omertà que cumpre mandados em Campo Grande contra familiares do empresário Jamil Name, preso desde setembro de 2019, na primeira fase da operação. São 18 mandados de busca e apreensão em quatro cidades de Mato Grosso do Sul e em João Pessoa, na Paraíba.

Participam da operação Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros), Bope (Batalhão de Operações Especiais) e equipes do Batalhão de Choque. As cidades alvos em Mato Grosso do Sul são Sidrolândia, Campo Grande, Aquidauana e Rio Negro.

Segundo o Gaeco, os mandados são contra suspeitos de ameaçar testemunhas. Propriedades rurais, escritórios e residências são alvos da operação. A segunda fase da operação foi deflagrada depois da descoberta de suposto plano para atentar contra a vida de autoridades envolvidas na investigação do caso, entre elas um promotor de Justiça do MP-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que integra o Gaeco.

Um dos mandados é cumprido na rua 13 de junho, na residência atual da esposa do empresário Jamil Name. Outro dos alvos é o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, Jerson Domingos, e policiais estiveram na sede do órgão. Uma arma ilegal, sem registro, foi encontrada no apartamento do conselheiro, além de outras armas encontradas na propriedade rural e uma motocicleta roubada. Em Sidrolândia, um advogado é alvo da operação.

Durante as buscas em uma propriedade rural, na deflagração da Operação Omertà, na saída para Rochedo, em Campo Grande, um homem acabou preso após atirar contra policiais do Batalhão de Choque. Na propriedade rural foram encontradas quatro armas.

Quando os policiais chegaram para cumprir os mandados de busca e apreensão, o irmão do dono da propriedade atirou contra os policiais, que não revidaram e fizeram a prisão dele. O nome do dono do local não foi divulgado e nem da pessoa presa. O Exército está no local fazendo uma varredura, na tentativa de encontrar algo enterrado.

A Operação Omertà tem como foco uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogos de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

Fonte: Midiamax