(Brasilia - DF, 18/03/2020) Coletiva a Imprensa do Presidente da Republica, Jair Bolsonaro e Ministros de Estado. Foto: Carolina Antunes/PR ((Brasilia - DF, 18/03/2020) Coletiva a Imprensa do Presidente da Republica, Jair Bolsonaro e Ministros d

O governo federal anunciou hoje que vai criar uma linha de crédito destinada a pagamento de salários de funcionários de pequenas e médias empresas por até dois meses. Em contrapartida, o empresário terá que se comprometer a não demitir os trabalhadores em decorrência da crise causada pela pandemia do coronavírus. De acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o financiamento estará disponível em uma ou duas semanas. As operações envolvem, além do BC, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o Banco do Brasil e as instituições financeiras privadas. O ônus será compartilhado entre as partes.

No total, o volume de investimento poderá chegar a R$ 40 bilhões (R$ 20 milhões por mês) e atender cerca de 1,4 milhões de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores. A maior parte do dinheiro (85%) será injetada pelo governo federal e 15%, pelos bancos privados. O chefe do BNDES, Gustavo Montezano, explicou que o investimento público sairá do Tesouro Nacional, que aplicará os subsídios e ficará com as perdas e ganhos. O BNDES cuidará da parte operacional, transferindo os recursos para os bancos que detêm as folhas de pagamento. Na última etapa, as instituições privadas arcam com os 15%. Concluído o processo, o dinheiro será pago diretamente ao funcionário, sem intermediação das empresas. Ou seja, o trabalhador não ficará dependente do patrão para ter os seus vencimentos, mesmo que as atividades comerciais permaneçam fechadas durante a pandemia. Podem aderir à linha de crédito empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano. Os juros serão de 3,75% ao ano, com seis meses de carência e 36 meses para pagamento. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que, além de medidas para atender as vítimas do coronavírus, é preciso se preocupar com os empregos, de forma a diminuir o máximo possível o tamanho das ondas de infecções e do desemprego. “Elas caminham simultaneamente”, disse o presidente ao abrir uma entrevista para anúncio das medidas econômicas.

Fonte: UOL Notícias

Foto: Carolina Antunes/PR