Uma criança de 3 anos foi espancada pela mãe e pelo padrasto e teve fratura na perna, em Campo Grande. Ela está internada na Santa Casa; já a mãe e o padrasto foram levados para delegacia.

Segundo informações da assessoria do hospital, antes de ir para a unidade, a criança estava na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, junto com a mãe.

A menina estava sem calcinha, com a genitália exposta, com história de queda de berço às 17h no domingo, segundo versão contada pela agressora, que afirmou que não viu a filha caindo.

A mãe ainda relatou que havia encontrado a menina chorando e se queixando de dor na perna.

Além disso, a paciente apresenta diversos ferimentos pelo corpo, escoriações em face que, segundo a mãe, eram devido ao arame farpado e queimadura em coxa esquerda.

A Polícia Civil foi ate a Santa Casa, após pedido de um médico, que desconfiou da versão. Questionada, a mulher afirmou as agressões e disse que teve ajuda do parceiro.

Estado de Saúde da criança

já está no quarto da Santa Casa de Campo Grande. Ela é acompanhada por uma equipe do Conselho Tutelar.

Conforme assessoria de imprensa do hospital, ela já passou por procedimento cirúrgico na perna (teve fratura na tíbia) e está bem, sem necessidade de apoio respiratório.

Também foi realizado exame ginecológico, que não identificou sinais de abuso sexual.

Confissão

A mulher e o homem, de 21 e 19 anos, respectivamente, assumiram as agressões a criança.  Em depoimento, o casal reforçou que as agressões eram uma forma de ‘correção’.

Conforme informações repassadas pelo delegado Jarley Inácio de Souza ao TopMídiaNews, eles negaram que a fratura da perna tenha sido devido às agressões e reforçam que a criança caiu do berço.

“Eles afirmam que não presenciaram essa queda do berço, as lesões são variadas e apresentam cronologia diferente, a autora disse que estava com o homem há 30 dias e que, neste período, ele teria agredido cinco vezes a criança, em algumas oportunidades com fio, outra com cinto”.

Entretanto, ainda segundo o delegado, o padrasto diz que agrediu a criança duas vezes. “Ele fala em duas agressões em momentos distintos, uma há 20 dias e outra agora, em contrapartida diz que a mãe também batia”.

“Dizem que acreditavam que estavam fazendo isso como forma de correção porque a menina seria muito levada, eu entendo que era uma torturada, pois a criança estava sofrendo com isso”.

Fonte: TopMídiaNews