Pessoas que foram contaminadas pelo vírus da Covid-19 precisam aguardar 30 dias para poderem tomar imunizante contra doença.

O tempo estipulado de recuperação de quatro semanas após os sintomas iniciais da doença serem identificados é uma orientação do Ministério da Saúde do Brasil.

Porque esperar?

De acordo com a infectologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Ana Lúcia Lyrio, as pessoas que se contaminaram com a doença precisam de um tempo para recuperar o corpo de todos os danos que o vírus causou antes de ser vacinado.

A infectologista explica que a medida visa combater reações adversas que a vacina pode ter caso seja aplicada em um corpo que não sem tempo de recuperação.

“Quando nos contaminamos com uma doença, ficamos debilitados, é normal que o paciente tenha uma queda na resposta imune, e isso pode alterar a eficácia do imunizante, por isso é de extrema importância que o corpo tenha ao menos quatro semanas para se recuperar da contaminação”, disse.

Qual o problema de não esperar 30 dias?

Conforme explicou Ana Lúcia, a vacina pode apresentar menores resultados quando aplicada em um corpo que não se recuperou totalmente da infecção recente.

Desta forma, fica claro que uma pessoa que não espera os 30 dias para se vacinar pode ter problemas com a sua imunização.

“A vacina ela pode ter um efeito diferente nesse corpo, e isso pode colocar em risco a imunização desta pessoa”, esclarece a infectologista.

Contaminados após tomarem a primeira dose também devem esperar?

A primeira dose significa que o indivíduo foi vacinado, mas não está imune ao vírus, o que significa que este deve continuar respeitando as medidas de biossegurança.

No entanto, em caso de contaminação é recomendado que a pessoa tome a segunda dose da vacina somente depois de 30 dias a partir do aparecimento de sintomas da doença, orientou a infectologista.

Outras Orientações

É recomendado que pessoas que tomarem a vacina contra Covid-19 esperem 48 horas para consumir bebidas alcoólicas, diz o infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda.

O infectologista afirmou a reportagem do Correio do Estado que os efeitos colaterais do álcool podem confundir com os efeitos da vacina.

Croda ressalta que o álcool não altera a eficácia da vacina, resposta imune ou proteção.

“A recomendação é mais por causa dos efeitos colaterais. Se a pessoa apresentar dor de cabeça, é efeito da vacina ou do álcool?”, indaga.

Fonte: Correio do Estado