Mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya - Reprodução

Nesta quarta-feira (8) foi confirmado o primeiro óbito do ano causado por dengue em Mato Grosso do Sul. O caso aconteceu em Guia Lopes da Laguna, vitimando uma mulher de 59 anos.

Os dados foram disponibilizados no boletim epidemiológico semanal da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e detalhou que os sintomas iniciaram no dia 13 de janeiro e o óbito aconteceu no dia 17. Não foram relatadas comorbidades.

Em 2023 já são mais de 3 mil casos prováveis de dengue no Estado, ou seja, casos que ainda estão sob investigação e 1.430 já estão confirmados.

Guia Lopes da Laguna, município que em ocorreu o primeiro óbito, ocupa o 6º lugar na lista de maior incidência de casos prováveis de dengue no Estado. Só está atrás de Caracol, Jaraguari, Bonito, Bodoquena e Batayporã.

O boletim ainda detalhou os municípios com a maior incidência de casos confirmados de dengue. São eles: Três Lagoas, Bonito, Miranda, Maracaju, Corumbá, Bela Vista, Batayporã, Campo Grande, Caracol, Água Clara, Aquidauana, Jardim, Ladário, Jaraguari, Sidrolândia, Bodoquena, Rio Verde de Mato Grosso, Guia Lopes da Laguna e Carapó.

Dengue
Pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes Aegypti, que apresenta febre, usualmente entre 2 e 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações:

Náuseas, vômitos;
Exantema (manchas avermelhadas no corpo);
Mialgias(dor muscular), artralgia (dor nas articulações);
Cefaleia (dor de cabeça), dor retro-orbital (dor nos olhos);
Petéquias ou prova do laço positiva;
Leucopenia (é quando o número de leucócitos, que são as células de defesa do sangue, está baixo; é verificado através do exame hemograma).
Também pode ser considerado caso suspeito toda criança proveniente ou residente em área com transmissão de dengue, com quadro febril agudo, usualmente entre 2 a 7 dias, e sem foco de infecção aparente.

Como evitar
A principal ação que a população tem que fazer é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa acumular, em qualquer época do ano. Além do Aedes Aegypti transmitir a Dengue, hoje o mosquito tornou-se um dos maiores inimigos da saúde pública por também transmitir o vírus Zika e a Febre do Chikungunya. As principais medida de prevenção e combate ao Aedes Aegypti são:

Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para
armazenar água;
Manter caixas d’água bem fechadas;
Remover galhos e folhas de calhas;
Não deixar água acumulada sobre a laje;
Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por
semana;
Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
Acondicionar pneus em locais cobertos;
Fazer sempre manutenção de piscinas;
Tampar ralos;
Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados
semanalmente;
Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem
esticadas para não acumular água;
Catar sacos plásticos e lixo do quintal

Fonte: Correio do Estado