Na noite da última quarta-feira (8), servidora da Câmara de Vereadores de Anastácio, Patricia Queiroz, protagonizou uma cena de injuria e agressão contra um gerente de um estabelecimento de espetinhos da cidade. O caso foi parar na Polícia Civil e pode acabar com o afastamento e até mesmo a exoneração da servidora.
Conforme o boletim de ocorrência registrado pelo funcionário de 42 anos, Patricia, junto de uma amiga, foi ao local e pediu cervejas e espetinhos. O estabelecimento funciona em sistema de self-service, onde o garçom serve a carne e o cliente pode servir a vontade os acompanhamentos.
Porém, a servidora da Câmara, achou que deveria ter atendimento diferenciado e se recusou a se servir e queria ser servida pelo garçom, mas este novamente explicou como é funciona o sistema da casa, que inclusive é bem conhecida e tradicional da cidade.
Patricia então cancelou o pedido e foi até o caixa pagar e levou até o gerente uma porção de cupim que havia pedido. Ele perguntou se ela não tinha comido, quando a servidora da Câmara teria se revoltado, dizendo que a carne estaria ‘uma borracha’, momento em que se alterou, começou reclamar do atendimento, jogou a porção contra o rosto do gerente e depois ainda jogou cardápios e até o notebook que caiu duas vezes e foi danificado. O homem relata que o aparelho é avaliado em R$ 3,3 mil.
Além de toda a cena de agressão, a servidora da Câmara de Anastácio ainda teria chamado o trabalhador de “preto safado”.
O gerente acionou a Polícia Militar, mas alegaram estar em outra ocorrência. O caso foi registrado na Polícia Civil de Anastácio para providências cabíveis.
O JNE entrou em contato com o presidente da Câmara de vereadores de Anastácio, Ademir Alves, onde este disse que pretende ouvir a servidora e conversar com o funcionário do estabelecimento. Questionado se as imagens não são suficentes sobre o comportamento reprovável da servidora da Câmara, Ademir disse que “isso não se faz”.
Nas redes sociais, diante da repercussão do caso, a atitude de Patrícia revoltou a população não só de Anastácio, mas também da cidade vizinha Aquidauana. Os moradores pedem providências da polícia e uma resposta rápida da Câmara de Vereadores.