A SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) que têm causado aumento na demanda por internações de crianças, fez quatro vítimas fatais em Campo Grande somente este ano. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), um adulto e três bebês com menos de um ano morreram em decorrência de doenças respiratórias.

Causadas devido ao aumento da circulação de vírus, incluindo o da Covid-19, a SRAG leva a internações principalmente em crianças. Desde meados de março, Campo Grande vive um caos na saúde, pública e privada, com unidades superlotadas e falta de leitos pediátricos em hospitais.

Ainda de acordo com dados da Sesau, entre 12 de fevereiro a 10 de abril de 2023, 602 pessoas foram internadas em Campo Grande, com doenças respiratórias. Destas, 70% eram crianças de zero a nove anos.

No mesmo período de 2022, as internações por SRAG somavam 1.012 em Campo Grande, porém, o número de crianças afetadas era de 40%.

Crianças aguardando vaga em leitos improvisados

Em crianças, principalmente abaixo de um ano, as síndromes respiratórias demandam internação urgente, devido ao alto risco de morte.

São diversos os relatos de pais desesperados com crianças de meses de vida, aguardando leitos hospitalares, em Upas que proporcionam atendimento improvisado. Hospitais privados também relatam superlotação e falta de leitos.

Internações por SRAG em MS

Na 13ª semana epidemiológica de 2023, em 1º de abril, Mato Grosso do Sul tinha 55 internados por SRAG, sendo 40 de Campo Grande.

Na semana anterior, o Estado contabilizava 186 hospitalizados, a maior quantidade desde o início do ano. Destes, 98 eram campo-grandenses, o que representa 59% do total.