Em estado da agropecuária, cobrança de tributo no destino e fim do Fundersul são alguns dos temores. (Foto: Assessoria Famasul) -

Centro-Oeste unido – Técnicos e políticos do Centro-Oeste discutiram, na manhã de quarta-feira, na Câmara Federal, em Brasília, os riscos que a Reforma Tributária oferece ao desenvolvimento dos estados da região. Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás têm em comum o peso do agro na economia e temem que algumas mudanças freiem e até prejudiquem a atuação local. Um dos grandes medos é com a mudança no recolhimento do imposto de consumo (atualmente ICMS), que hoje é cobrado na origem e passará para o destino do produto, que vai favorecer estados consumidores e prejudicar os produtores.

MS é agro – Do Estado, foram técnicos e o secretário de Fazenda Flávio César. Mas quem acabou abordando o tema foi o adjunto, Lauri Kener, funcionário de carreira da pasta. Ele revelou o temor também com a possibilidade de extinção do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul), criado há mais de 20 anos e utilizado na recuperação de estradas, o Fundo equivale a 10% da arrecadação estadual. Outro receio é com a desoneração da tributação do gás natural, que corresponde a 15% das receitas estaduais.

Compensações e dívidas – Kener defendeu que os estados da região trabalhem em bloco e lutem por compensações, diante da perda de arrecadação, que não cubram somente o que se perdeu, mas também o que seria crescimento real nas receitas. Outro tema que ele apontou que requer esforço é para que não seja aprovado modelo único de negociação de dívidas dos estados, mas que cada um possa criar sua saída conforme a realidade local.

Voo interrompido – Nos debates que estão ocorrendo sobre a reforma, autoridades têm apontado que Mato Grosso do Sul está muito à frente do Brasil no ritmo de crescimento, com o local em 3,49% contra 2,13% do nacional. Kener destacou que boa parte do bom desempenho diz respeito à tributação do ICMS na origem e aos incentivos fiscais, áreas em debate na reforma, justificando o quanto o Estado tem motivos para ficar preocupado com as mudanças.

Sororidade – A ex-primeira-dama de Campo Grande, Tatiana Trad, encampou o discurso feminista. Ontem, discorreu sobre o conceito de “sororidade”, a empatia entre mulheres que garante apoio uma a outra em momentos complicados. “Pratico essa solidariedade porque percebo que unidas ficamos mais seguras e confiantes. E mais longe nós voamos!”, disse. Além de falar sobre o tema, também fez enquete entre as seguidoras: “E você? O que tem feito pelas mulheres que cruzam seu caminho?”.

Fonte: Campo Grande News