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Conjuntivite, tosse e febre alta são os principais sintomas da variante Arcturus da Covid-19. Especialista afirma que é necessário ficar atento e procurar um médico caso haja sintomas, já que nessa época do ano o tempo seco favorece o aumento de casos de conjuntivite e tosse.

A médica oftalmologista, Cristiane Bernardes explica que os sintomas da conjuntivite por Covid-19 ou outros vírus e até mesmo conjuntivite alérgica são muito semelhantes. Coceira e vermelhidão nos olhos, sensação de areia e fotofobia são os principais sintomas relatados por pacientes com conjuntivite.

“Portanto apenas por essas características não se pode dizer qual o agente causal. É necessário fazer um exame oftalmológico completo, histórico clínico do paciente e em alguns casos somente testes laboratoriais para fazer o diagnóstico com precisão”, explica a médica.

O tempo seco unido a temperaturas mais baixas favorece o aparecimento de doenças respiratórias e até a conjuntivite. Por isso, a busca por exames que diagnostiquem ou descartem a chance de Covid-19 são importantes.

“As mudanças de temperaturas trazem mais vírus respiratórios, imunidade diminui. Em nossa região que o clima é bem seco e faz com que as mucosas nasal e ocular fiquem mais ressecadas e isso facilita a entrada dos agentes infecciosos”, destaca a oftalmologista, Cristiane Bernardes.

Vacinas atuais protegem, diz especialista
Para o epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), embora não se possa afirmar que a nova variante provoque “um desastre sanitário, tal como foi a Gama (P.1), na América do Sul”, a Arcturus coloca em xeque o plano de declarar o fim da pandemia.

“A XBB.1.16 é mais uma VOI. Longe de ser irrelevante, mostra como o SARS-COV-2 não deixa de mudar sua estrutura genética para versões que lhe permitem maior longevidade”, disse o especialista.

De acordo com Orellana, os sintomas provocados pela nova variante são, predominantemente:

Conjuntivite
Tosse seca
Episódios febris
Alguns desses sintomas foram vistos com menos frequência em cepas que predominaram no passado. Isso prova, segundo o especialista, que “o vírus não muda apenas em termos de estrutura genética, mas em relação à própria sintomatologia”.

Mesmo assim, o epidemiologista tem um discurso tranquilizador. Ele diz que as atuais vacinas distribuídas no Brasil são capazes de proteger a população da nova variante. “Não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem”, diz.

Apesar de não ter nenhum estudo específico que ateste que a nova variante seja mais letal, a Arcturus, segundo ele, “mostra que o vírus seguirá infectando muitas pessoas e matando outras, especialmente não vacinados, incompletamente vacinados e grupos de maior risco, como idosos e imunossuprimidos, por exemplo”.

Fonte: Midiamax