O uso excessivo clínico de maconha está ligado a uma variedade de complicações após grandes cirurgias eletivas – consideradas não emergenciais, que podem ser agendadas –, incluindo coágulos sanguíneos, derrame, dificuldades respiratórias, problemas renais e até morte, segundo um novo estudo.

“Nossas descobertas complementam estudos anteriores que identificaram associações significativas entre transtornos por uso de cannabis e complicações perioperatórias”, escreveram os autores do estudo no relatório.

A equipe de pesquisa é do departamento de anestesiologia, cuidados intensivos e medicina da dor da McGovern Medical School, parte do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, em Houston.

Fumar maconha afeta o fluxo sanguíneo no cérebro e no corpo, diminui a respiração e a temperatura corporal, contribui para o bloqueio das vias aéreas, aumenta a pressão sanguínea, aumenta a frequência cardíaca, afeta o ritmo cardíaco e muito mais – tudo o que pode dificultar a recuperação da cirurgia, de acordo com uma revisão da literatura de novembro de 2019.

O uso de maconha também aumenta a dor pós-operatória, de acordo com um estudo de outubro de 2020.