Superlotado, Hospital Universitário pede ajuda para amparar pacientes com alta e sem família - Gerson Oliveira/Correio do Estado

O Ministério Público Federal (MPF) abriu um Procedimento Administrativo para acompanhar o processo de alta de três pacientes do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, que não necessitam mais de cuidados médicos, mas ainda permanecem na unidade de saúde por não terem família ou outro tipo de acolhimento.

De acordo com a portaria que abre o procedimento, publicado no Diário Oficial do Órgão no dia 07 deste mês, Mário da Silva, Donizete dos Santos e Luiz Carlos Camargo Goulart, já receberam alta e precisam desocupar os leitos em que estão atualmente, já que a instituição está lotada e necessita das macas para atender outros pacientes que chegam buscando cuidados médicos.

Além da necessidade de desocupação dos leitos para atender outros pacientes, o MPF também aponta o perigo dos três permanecerem em um ambiente hospitalar sem estar doentes, já que neste tipo de situação bactérias e infecções podem se propagar e colocar a saúde deles em risco

O MP ainda cita que tal atitude pode trazer riscos para a coletividade, especialmente para quem está dependendo de hospital para tratar alguma enfermidade.

Ainda de acordo com a publicação, a Secretaria de Assistência Social (SAS), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e a pasta de Defesa dos Direitos Humanos (SDHU), bem como a 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande já estão acompanhando o caso.

Inclusive a desospitalização dos três já foi alvo de processo do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPE/MS), mas os três permanecem ocupando leitos no Hospital Universitário, que também já encaminhou ao MPF um pedido urgente de providência visto que os pacientes não podem continuar na instituição.

A reportagem entrou em contato com as três secretarias citadas pelo MPF e aguarda um posicionamento a respeito do apoio que será dado aos pacientes.

Fonte: Correio do Estado