HRMS realiza captação de órgãos que beneficiam pacientes de MS, RJ e MG - Reprodução HRMS

O Brasil bateu o recorde de doação de órgãos e realização de transplantes dos últimos 10 anos. De janeiro a junho de 2023, foram mais de 1,9 mil doadores efetivos de órgãos e 6,7 mil potenciais doadores. Neste mesmo período, as doações possibilitaram a realização de mais de 4,3 mil transplantes. Esse é o maior da série histórica de doações no país, de 2013 a 2023.

Conforme o levantamento de dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), esse quantitativo representa aumento de 16% no número absoluto de transplantes de órgãos, quando comparado com o mesmo período de 2022.

“Esses dados revelam a grande capacidade de recuperação do SNT após o impacto sofrido pela pandemia de Covid-19, apresentando um excelente resultado no primeiro semestre de 2023 no que se refere às doações e transplantes de órgãos sólidos e córneas, tanto em números absolutos quanto na taxa por milhão de população”, afirmou a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Daniela Salomão.

Também houve aumento positivo nas taxas de notificação de potenciais doadores (67,5 por milhão de população) e de doação (19 por milhão de população), neste primeiro semestre. A série histórica, com as taxas alcançadas pelo SNT desde 2013, demonstra o avanço:

“Nós agradecemos a todos os profissionais de saúde envolvidos no processo de doação e transplante pelo excelente resultado. Também é importante destacar o papel das famílias doadoras por acreditarem e apoiarem o Sistema Nacional de Transplantes na missão de ajudar a salvar a vida dos brasileiros e brasileiras que aguardam por um transplante. Ressaltamos, ainda, a importância da doação consciente e altruísta”, reforçou a coordenadora Daniela.

Transplantes

Por modalidade de transplante, de acordo com dados do SNT, houve aumento de 30% no número de transplantes de pâncreas, 20% nos transplantes renais, 16% nos transplantes de coração e 9% nos transplantes de fígado. Com relação aos transplantes de córneas, no primeiro semestre de 2023, foram realizados 7.810 procedimentos, 15% a mais do que o mesmo período do ano passado. Para os transplantes de células-tronco hematopoéticas (medula óssea) houve realização de 1.838 procedimentos – 6% de aumento.

Os transplantes mais realizados de janeiro a junho foram de rim, 2,9 mil transplantados. Conforme já noticiado pela reportagem, a espera pela doação de rins e de córneas é a grande responsável pelo gargalo de doações em Mato Grosso do Sul, que possui quase 600 pessoas na fila de espera por uma boa notícia.

No Brasil, em segunda lugar está o transplante de fígado – 1,1 mil, seguido pelo coração – 206; Pâncreas e rim – 47; Pulmão – 37; Pâncreas – 13 e Multivisceral – 1 transplante.

Sistema único de transplante

Cabe relembrar que o Sistema Nacional de Transplantes, vinculado ao Ministério da Saúde, é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no país, com o objetivo de desenvolver o processo de doação, captação e distribuição de órgãos, tecidos e células-tronco hematopoéticas para fins terapêuticos.

Além disso, a lista para transplantes é única e vale tanto para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada.

*Correio do Estado, com informações da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde