Aeronave utilizada pela FAB para repatriar brasileiros - Marcos Corrêa/PR

A FAB (Força Aérea Brasileira) iniciou, na tarde desta segunda-feira (9), a operação que vai repatriar brasileiros de Israel e Palestina. Uma das seis aeronaves, que tem capacidade para 230 passageiros, já está em Roma, na Itália.

De acordo com a nota enviada à imprensa, o Airbus A330-200 decolou na cidade italiana no começo da madrugada pelo horário de MS, após um voo de 9 horas de duração. A expectativa é que o avião siga da Itália para Tel Aviv, em Israel, até esta terça-feira (10). Os brasileiros devem chegam em Brasília na quarta-feira (10).

Um segundo KC-30 e dois KC-390, com capacidade para 80 passageiros cada, além de duas aeronaves da Presidência da República, com capacidade para transportar até 40 passageiros cada uma, estão preparadas para participar da repatriação dos brasileiros. No entanto, a lista de brasileiros na espera ainda não foi divulgada.

O Itamaraty informou que “em um primeiro momento, deverão ser priorizados os residentes no Brasil, sem passagem aérea”.

A expectativa é de que uma segunda etapa da operação seja executada na próxima semana, visto que o país recebeu cerca de 1.700 pedidos de retorno ao Brasil. Segundo dados publicados pela BBC, cerca de 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil na Palestina.

Saga

O advogado campo-grandense Ely Silveira, 35, é um dos brasileiros que esperam sair de Israel o quanto antes desde sábado (7), quando conflitos militares com o grupo de militantes palestinos Hamas começaram. Ele está há três dias isolado no aeroporto de Tel Aviv, localizado na costa israelense.

Ely estava hospedado desde o dia 2 de outubro na casa dos tios brasileiros, que moram há mais de 20 anos em Ashkelon. A cidade israelense tem sido uma das mais atingidas. “Há mortos, feridos e desaparecidos por lá”, relata o advogado.

O brasileiro se vira como pode, no aeroporto que está cheio e onde a busca por informações junto às companhias aéreas não para.

Ely, quando chegou no aeroporto – Arquivo pessoal

*Com informações do Campo Grande News