Polícia Civil oferecerá aos familiares das vítimas a oportunidade de realizar um registro específico, relatando as necessidades surgidas com o crime - Álvaro Rezende

Iniciativa voltada às vítimas indiretas de feminicídios e homicídios dolosos, o 1º Workshop do Projeto Acolhida será aberto nesta terça-feira (24), às 8 horas, no auditório da Acadepol, em Campo Grande.

O Projeto Acolhida representa um verdadeiro avanço na área da segurança pública, oferecendo aos familiares das vítimas de crimes violentos contra a vida os encaminhamentos necessários para a prestação de serviços de saúde e acompanhamento psicológico, auxílio funeral, inclusão em programais sociais, demandas previdenciárias, de inventário, entre outras.

Conforme o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, além de atender a ocorrência do crime e buscar a responsabilização do autor, a Polícia Civil oferecerá aos familiares das vítimas a oportunidade de realizar um registro específico, relatando as necessidades surgidas com o crime. “Este boletim de ocorrência será remitido aos órgãos públicos que devem prestar assistências a essas vítimas indiretas”, explica.

Entre as necessidades que podem ser apresentadas pelas vítimas indiretas dos crimes contra a vida estão, por exemplo, o inventário dos bens deixados, guarda de crianças, mudança de escola, auxílio funeral, levantamento de alvará judicial da conta bancária da vítima, pedido de pensão, benefícios previdenciários, ações judiciais e tudo mais.

Inicialmente o Projeto Acolhida será implantado apenas em Campo Grande, porém, a intenção da Sejusp é, futuramente, estender o programa, também, para os municípios do interior.

Na Sejusp, o Projeto Acolhida está sob responsabilidade da Superintendência de Segurança Pública e é coordenado pelo superintendente de Segurança Pública, delegado Tiago Macedo. Ele ressalta que a inciativa reforça o compromisso do plano de Governo, pois se busca a inclusão dos familiares, que, no momento da perda, ficam em situação de hipervulnerabilidade.

“Na prática, a Segurança Pública será a ponte entre o familiar da vítima e os demais órgãos do Estado. Estendemos nossas mãos aos familiares enlutados, buscando acolhimento e resgate da dignidade. Polícia Civil, Bombeiros Militares, Polícia Militar, Perícia e demais órgãos do Estado se unem para servir, proteger e acolher”, conclui o superintendente Tiago Macedo.

Além da Sejusp e suas instituições (Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Coordenadoria-Geral de Perícias, Polícia Penal), estão envolvidos no Projeto Acolhida o Ministério Público Estadual, as Defensorias Públicas Estadual e da União, Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Prefeitura de Campo Grande, Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social tanto do Estado, quanto do Município, entre outros.