Na madrugada de hoje, dia 25, a equipe do Canil deslocou-se até a Rodoviária de Anastácio, para realizar uma abordagem em um ônibus da Empresa Andorinha, que estava fazendo um Rota de Corumbá para Campo Grande. Durante uma entrevista aos passageiros, duas passageiras de nacionalidade boliviana demonstraram nervosismo, despertando suspeitas.

Após questionamentos, ambos admitiram transportar uma quantidade significativa de substância semelhante à pasta base de cocaína em seus corpos. As autoridades solicitaram apoio da Rádio Patrulha de Aquidauana, que tinha uma policial militar feminina, para realizar uma revista detalhada nas detalhes.

Elia Amurrio Perez foi encontrada com aproximadamente 3.088 kg da substância, enquanto Yaneth Quispe Llampa transportou cerca de 3.192 kg. Apesar das duas negarem conhecerem-se, afirmaram que ambas tinham como destino São Paulo-SP.

Após a apreensão das drogas, todos os passageiros foram instruídos a sair do ônibus e pegar suas bagagens de mão. Durante uma nova vistoria no veículo, agora vazia, uma mochila azul com o emblema de Corumbá-MS foi descoberta na poltrona número 20, contendo aproximadamente 4.252 kg de substância semelhante à pasta base de cocaína.

Nenhum dos passageiros reivindicou a mochila encontrada. No entanto, quando questionada sobre a mochila azul, a passageira Gabrieli de Souza Charupá, que estava na poltrona 20, afirmou que apenas a havia visto e empurrado para o canto, mas não sabia de quem era.

Entrevistas com outros passageiros revelaram que Gabrieli retirou uma mochila azul, idêntica à encontrada com as drogas, de uma mochila com lacre nº 171956. Além disso, chamou a atenção da equipe policial o fato de Gabrieli estar envolto em um cobertor de tigre, que estava dentro da mochila no momento da apreensão, preenchendo o espaço onde a mochila com as drogas estava anteriormente.

Gabrieli também tentou se livrar de um celular azul, que, quando questionado sobre seu conteúdo, admitiu algo ilícito. O aparelho foi compreendido e orientado para análise pericial.

A comprovação de que o ilícito estava com Gabrieli foi realizada com a ajuda dos cães farejadores Átila e Chiff, que detectaram a presença de drogas na mochila com o lacre nº 171956, evidenciando que a outra mochila com a substância estava escondida ali.

Todos os procedimentos de busca pessoal foram prolongados por uma policial militar do sexo feminino, 3º Sargento Elisângela, garantindo o respeito aos direitos constitucionais dos envolvidos, incluindo o direito de permanência em silêncio. Após a confecção do Boletim de Ocorrência, os detidos foram entregues às autoridades da Delegacia de Anastácio-MS, sem lesões corporais aparentes.