Foto: Edemir Rodrigues/Arquivo

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou mais duas mortes causadas pela dengue em Mato Grosso do Sul. A informação foi divulgada através do Boletim Epidemiológico, publicado semanalmente.

As vítimas eram idosos, uma mulher e um homem, de 81 e 73 anos, respectivamente. Eles residiam em Chapadão do Sul e Coronel Sapucaia, dois dos vinte municípios do Estado com alta incidência da doença.

Segundo o boletim, uma morte ainda está sob investigação.

Na última semana, foram confirmados 561 novos casos de dengue em Mato Grosso do Sul, e mais 1.460 casos prováveis.

Desde o início do ano, o Estado já registrou três óbitos, 1.602 casos confirmados e 4.667 casos prováveis da doença.

Casos prováveis

Com relação ao perfil, dos casos prováveis, a maioria tem idade entre 20 e 29 anos (20,18%), seguido por 30 a 39 anos (16,64%), 10 a 19 anos (15,08%) e 40 a 49 anos (13,73%).

Ainda conforme o boletim epidemiológico, dos 79 municípios do Estado, 20 estão em alta incidência de dengue. É considerada alta incidência quando o município registra acima de 300 casos por 100 mil habitantes.

Outras 23 cidades estão com média incidência e 36 têm baixa incidência, incluindo Campo Grande.

Não há casos notificados em Glória de Dourados e Pedro Gomes.

Em número de casos, Campo Grande lidera, com 416 confirmações, seguida por Aral Moreira (333), Paranhos (330), Costa Rica (318) e Chapadão do Sul (312).

Histórico

No ano passado, 42 pessoas morreram de dengue no Estado, número 75% superior ao registrado em 2022 (24), e 200% maior do que o registrado em 2021 (14).

Vacina

Neste mês, foi iniciada a vacinação contra a dengue na rede pública de saúde. Na primeira fase, a Qdenga é aplicada gratuitamente em crianças/adolescentes de 10 a 11 anos. Conforme mais doses forem entregues, adolescentes de 12 a 14 anos também serão receberão a vacina.

Alguns municípios do Estado já ampliaram o público-alvo para a vacinação.

Quem está fora da faixa etária classificada como prioritária pode procurar a vacina na rede particular.

No Estado, 34 municípios receberam doses da vacina nesta primeira fase, incluindo a Capital.

A Qdenga previne exclusivamente casos de dengue e não protege contra outros tipos de arboviroses, como Zika, Chikungunya e febre amarela.

O esquema completo da vacina é composto por duas doses, a serem administradas por via subcutânea com intervalo de 3 meses entre elas. Quem já teve dengue também deve tomar a dose.

Para quem apresentou a infecção recentemente, a orientação é aguardar 6 meses para receber o imunizante. Já quem for diagnosticado com a doença no intervalo entre as duas doses deve manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas.

Fonte: Correio do Estado