Antes de deixar o Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 11, o ministro Ricardo Lewandowski proferiu uma última decisão, e que afeta o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O juiz do STF pediu a antecipação de sua aposentadoria, abrindo caminho para o presidente Lula indicar o sucessor.
Na tarde de ontem, Lewandowski manteve o STF como foro responsável por processar e julgar Moro e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), pelas acusações do advogado Tacla Duran. O homem trabalhou para empreiteiras cujos casos de corrupção foram revelados pela Lava Jato. Acusado de lavar dinheiro, Duran disse, em depoimento à Justiça Federal de Curitiba, que foi “extorquido” por Moro e Deltan. Ainda não há provas dessa acusação.
Lewandowski entendeu que Moro tem de ser investigado pelo STF porque, segundo Duran, “interferiu” no julgamento de processos da Lava Jato quando era ministro da Justiça. Portanto, depois de ter pedido exoneração da magistratura. Moro queria que os processos ficassem na primeira instância.
Boa parte das derrotas sofridas por Moro no STF teve a participação de Lewandowski. Em março de 2021, por exemplo, o ministro votou pelo reconhecimento da suspeição de Moro no processo que condenou o presidente Lula na Lava Jato e disse que o petista foi submetido a um “julgamento injusto”. Lewandowski chegou ao STF graças à indicação de Lula.
Fonte: Revista Oeste