Agora poderemos produzir até 1 MW de energia operando na prática como uma mini usina

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Residências, comércios e indústrias, podem reduzir, zerar ou gerar créditos na conta de energia, dependendo de cada projeto

O secretário de Energia, João Carlos de Souza Meirelles, representou o governador Geraldo Alckmin nesta sexta-feira, 28 de agosto, na inauguração da Globo Brasil, primeira grande fábrica de painéis fotovoltaicos do país, construída no município de Valinhos, na Região Metropolitana de Campinas.

A empresa tem capacidade para produzir 2 mil painéis por dia, o que representa 180MW por ano em módulos fotovoltaicos policristalinos ou monocristalinos. “Precisamos aumentar a produção de energia. São iniciativas como essa que mostram como enfrentar a crise econômica e de energia. O Governo de São Paulo continuará dando todo o apoio para a produção de energia fotovoltaica no Estado”, destacou Meirelles.

A Globo Brasil já tem projeto de instalar uma fábrica para produção de células fotovoltaica no Brasil, com capacidade de produção de 300 mil células por dia, trazendo uma tecnologia ainda inexistente no Brasil.

“A matriz energética brasileira, abastecida principalmente por hidrelétricas e termoelétricas, hoje se mostra deficiente e tem um custo extremamente elevado, além de causar grande impacto ambiental. A inserção da fonte de energia solar no país vai permitir que os brasileiros tenham acesso a uma energia com custos mais baixos e 100% limpa. Pretendemos alavancar esse segmento de geração de energia elétrica no Brasil” afirmou Manuel Flávio Tozi Coelho, advogado da Globo Brasil.

A Globo Brasil foi mais uma empresa apoiada pela Investe São Paulo, agência do governo paulista responsável pela atração de investimentos. “Continuaremos dando suporte em todas as fazes do projeto”, afirmou o diretor da agência, Sérgio Costa.

No ano passado, o governo federal realizou um leilão onde foi contratado quase 1 giga watt de energia solar para ser injetada na matriz elétrica brasileira a partir de 2017, o que equivale ao consumo residencial de uma cidade como Salvador. Outros dois leilões foram marcados para este ano. “Estamos focando nossa capacidade produtiva para atender a demanda que virá com a construção de usinas solares, essa demanda será imensa em curto e médio prazo.”, disse Manuel Flávio Tozi Coelho.

A Globo Brasil está instalada nas margens da rodovia Anhanguera, em uma área de 20 mil m², sendo que toda a extensão da linha de produção está montada em ambiente com controle rigoroso de temperatura e umidade (sala limpa).

Combinando tecnologia alemã, suíça e chinesa, a produção é totalmente automatizada, porém a empresa vai gerar cerca de 240 empregos diretos, além de contribuir para o desenvolvimento do setor com cerca de 10 mil novos postos de trabalho indiretos.

A empresa tem capacidade de produzir módulos fotovoltaicos com células de silício cristalino (monocristalino e policristalino) e com tamanhos que podem variar de 800 a 1000 mm de largura por 1300 a 2000 mm de comprimento e por 35 a 50 mm de espessura, com potência variável de até 400 watts. Assim, os módulos podem ser fabricados em vários tamanhos e são capazes de fornecer potências variadas.

O consumidor pode produzir até 1 MW de energia a partir de fontes renováveis, operando na prática como uma mini usina. Com isso, os painéis, além de abastecerem as grandes usinas solares, também podem ser instalados em residências, comércios e indústrias, o que pode reduzir, zerar ou gerar créditos na conta de energia, dependendo de cada projeto.

Participaram também da inauguração o subsecretário de Energias Renováveis, Milton Flavio, prefeito de Valinhos, Clayton Machado, vice-prefeito de Campinas, Henrique Magalhães Teixeira, diretor da Globo Brasil, Manuel Figueiredo Coelho, diretor de eficiência energética da CPFL, Luciano Ribeiro, coordenador do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Roberto Zilles, além de clientes, fornecedores e autoridades da região.