Agropecuária em MS deve faturar R$ 25 bilhões em 2016, estima Famasul

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Redação

Ainda resistente aos efeitos da atual crise econômica, a agropecuária em Mato Grosso do Sul deve registrar números positivos em 2016. A previsão do Departamento Econômico do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS é de que o VBP – Valor Bruto de Produção do setor encerre o próximo ano na casa dos R$ 25 bilhões, resultado superior aos valores contabilizados nos anos anteriores. A informação foi divulgada na última quarta-feira (9), na sede da Casa Rural.

O Valor Bruto da Produção é o resultado da multiplicação das quantidades de produtos vendidos pelos seus preços, ou seja, o faturamento bruto de todas as unidades produtoras, mais os valores de produtos que não são comercializados, mas que tem preços imputados, como por exemplo, auto-consumo dos produtores rurais. O VBP projetado para 2016, de R$ 25 bilhões, é aproximadamente 11% maior que o patamar apontado para 2015, de R$ 22,8 bilhões.

Para a gestora do Departamento Econômico do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas, apesar da projeção positiva, o setor poderia ter um desempenho melhor senão fosse a atual conjuntura econômica. “O agronegócio não é imune à crise, porém por ser um setor altamente eficiente e competitivo tem apresentado certa vantagem diante de outros setores e é por isso que  continuamos crescendo. É preciso que o produtor fique atento e bem informado já que em 2016 os custos de produção, influenciados pela alta do dólar, devem deixar a margem de lucro mais estreita”, salienta.

Em relação a 2014, quando o VBP da agropecuária somou R$ 20,3 bilhões, o incremento é de 24,5% em comparação ao que é esperado para 2016. Especificamente para a pecuária, a projeção é que o VBP some R$ 9,3 bilhões. Enquanto que para a agricultura, o esperado é que o indicador atinja cerca de R$ 16 bilhões. Os dois segmentos ultrapassarão os números dos anos anteriores, segundo as informações do Sistema Famasul.

A agricultura, composta pelos dados referentes à soja, milho, cana-de-açúcar e silvicultura, responde por 63,2% da formação do VBP, enquanto que o complexo pecuário, que abrange bovinos, leite, aves e suínos, responde por 36,8%.

Ações do Sistema Famasul – Durante a coletiva, além dos dados econômicos, o presidente do Sistema ‪‎Famasul, Mauricio Saito, destacou as metas para o próximo ano que visam o desenvolvimento do setor.  “Queremos manter em 2016 o trabalho forte do Senar/MS em relação à educação. Este é o pilar da nova gestão do instituição que acredita na transferência e no compartilhamento do conhecimento”.

O diretor executivo do Sistema Famasul, Lucas Galvan, apresentou dados sobre a situação do Estado em relação ao CAR/MS – Cadastro Ambiental Rural. De acordo com as informações divulgadas pelo dirigente, em Mato Grosso do Sul, apenas 26,2% das áreas rurais realizaram o cadastramento de suas propriedades até o momento, com total de 7,5 mil propriedades.

“Para mudar esta realidade, o Sistema Famasul desenvolveu o Radar Ambiental, que vai orientar os produtores rurais sobre este tema e também sobre o Novo Código Ambiental”, afirmou o diretor, referindo-se ao programa composto por palestras direcionadas aos sindicatos rurais, treinamentos regionais, a divulgação de uma cartilha com orientações sobre o tema e divulgação de vídeos educacionais.

Em 2015, o Sistema Famasul ministrou, por intermédio do seu corpo técnico, mais de 20 palestras sobre o tema, atendendo mais de mil produtores. A Federação realizou a Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central, que contabilizou a participação de mais de 2 mil pessoas que passaram pelos stands, eventos paralelos e painéis da vitrine do agronegócio.

Formado por produtores rurais, profissionais e estudantes, lideranças políticas e rurais, o público de diversas faixas etárias se surpreendeu e aprovou a programação e o conteúdo do evento, que recebeu caravanas de 24 municípios de Mato Grosso do Sul, de Mato Grosso e de Goiás.  A Bienal é organizada pelas federações de agricultura e pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Mato Grosso (Famato), Goiás (Faeg) e Distrito Federal (Fape-DF).

Outro destaque em 2015 foi o 1º Circuito Pecuário, promovido pela Federação, realizado em Camapuã no dia 06 de novembro, movimentando os produtores da região Norte, com a presença de mais de 200 pessoas. A meta para 2016 é que o Circuito percorra os municípios de Campo Grande, Três Lagoas, Coxim, Nova Andradina, Corumbá e Naviraí. (Com Assessoria)

Foto: Divulgação