Anastaciano atacado com água fervendo pode perder a visão

Um caso de violência extrema chocou Anastácio na última semana, quando Marcelo Augusto Goulart Falcão, de 29 anos, sofreu queimaduras graves no rosto, no tórax e, principalmente, no olho direito, após ser atingido por água fervente misturada a uma substância ainda não identificada. O ataque aconteceu na Rua Alcântara, e a principal suspeita é sua ex-companheira, identificada como E.O.P.

De acordo com informações preliminares, Marcelo foi convidado para um jantar na residência da suspeita, onde a agressão teria ocorrido de forma inesperada. Ferido, ele conseguiu correr até a casa da avó, onde recebeu os primeiros socorros antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Devido à gravidade dos ferimentos, ele foi levado inicialmente ao Hospital Regional de Aquidauana e, em seguida, transferido em vaga zero para a Santa Casa de Campo Grande, onde segue internado sem previsão de alta.

O crime ganhou ainda mais repercussão após uma publicação feita nas redes sociais, no último final de semana supostamente pela agressora, com a frase: “Pareço normal, mas joguei água quente na cara de uma pessoa.” O conteúdo, visto como um deboche, gerou revolta e foi interpretado pela família como uma forma de intimidação, especialmente diante da possibilidade de Marcelo perder a visão do olho direito.

O relacionamento entre a vítima e a suspeita era conturbado e marcado por agressões. Familiares relataram que, em outras ocasiões, ela já havia queimado as roupas de Marcelo e feito ameaças semelhantes ao ataque que ocorreu. Apesar das brigas frequentes, o casal costumava reatar. No entanto, desta vez, a violência atingiu um nível extremo.

Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar estiveram no Hospital Regional de Aquidauana para tentar ouvir Marcelo sobre o caso, mas, até o momento, o depoimento oficial da vítima não foi colhido. A suspeita segue foragida e seu paradeiro é desconhecido.

A cirurgia de reconstrução ocular de Marcelo, inicialmente prevista para o dia 12, foi adiada para uma nova avaliação médica. “O médico veio até aqui e pediu uma reavaliação. Ele não prometeu nada e ainda não sabemos se o Marcelo voltará a enxergar”, contou um familiar, que pediu anonimato por segurança.

Enquanto a vítima segue em tratamento, a acusada continua ativa nas redes sociais, fazendo publicações sobre o caso. Para a família, a postura da suspeita reforça a necessidade de justiça e a preocupação com novas agressões. “Se ela fez isso com ele, pode fazer com outra pessoa. O filho dela, uma criança de nove anos, estava dentro de casa com um amigo no momento do ataque. Temos medo de que ela volte a atacá-lo”, desabafou um parente.

O espaço segue aberto para manifestações da acusada ou de sua defesa.