O 1º-tenente do Exército Brasileiro e padre, José Jucier Ferreira Alves, de 37 anos, foi preso após uma mulher, de 34 anos, procurar a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher) para denunciá-lo por importunação sexual. A vítima narrou que o capelão a agarrou, apertou seus seios e nádegas, além de lamber seu pescoço, após encontro em festa. Tudo aconteceu no apartamento do religioso, em hotel na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, a vítima, o marido dela e mais um casal de amigos estavam em festa de flashback, quando o padre apareceu no local e se juntou ao grupo.
A mulher afirmou à polícia que Jucier bebeu bastante e convidou os quatro para irem até seu apartamento. No decorrer da noite, já na casa do sacerdote, o marido foi ao banheiro, quando o militar aproveitou para agarrar a vítima.
Uma amiga, de 30 anos, que estava na casa, também prestou depoimento e relatou que ao testemunhar aquilo se levantou para defender a outra, mas outro homem a alertou que o padre estava armado.
A testemunha contou ainda que Jucier se sentou ao lado delas e colocou a perna sobre o colo da mulher, dizendo ao amigo: “se você não pegar eu pego”.
Assim que o marido saiu do banheiro, o sacerdote levantou a camiseta e mostrou a arma na cintura com o dedo no gatilho. Houve uma confusão e o padre mandou que todos fossem embora.
O sacerdote disse em depoimento na Deam que não se lembrava de nada disso, que apenas se recordava do momento em que estavam no flashback, foram a uma lanchonete e, depois, para o apartamento dele. Ele negou todas as acusações feitas pelas duas mulheres e que se recordava do momento em que a vítima “surtou”, não falando “coisa com coisa”. Por causa do barulho, mandou os convidados embora, mas sem fazer ameaças em momento algum.
Após a acusações, a Deam representou pela prisão preventiva do militar. A denúncia foi feita no dia 4 de setembro, um mês após o ocorrido, e a Justiça autorizou a prisão, além de busca e apreensão na casa do suspeito, no dia 7.
A pistola do tenente foi confiscada pelo CMO (Comando Militar do Oeste) e os celulares dele entregues à polícia espontaneamente.
Recentemente, a defesa do sacerdote conseguiu revogação da prisão, alegando que o cliente tem residência fixa, nenhum antecedente criminal e boa conduta por ser militar.
José Jucier é padre capelão no Hospital Militar de Campo Grande desde o dia 8 de janeiro de 2022.
*Com informações do Campo Grande News