Bancários entram em greve nesta terça

45

Em assembleia na noite de quinta-feira (1º), os bancários aprovaram a greve a partir da 00h do dia 6 de setembro (terça-feira). A categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) – o índice proposto foi de 6,5%. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,78% de correção da inflação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Edvaldo Barros, a categoria está indignada com a proposta apresentada, já que os bancos lucraram R$ 29,7 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. “Os bancos estão desrespeitando os seus empregados com essa proposta, que sequer repõe a inflação. Na verdade, representa perda real de 2,8% nos salários”, critica. Edvaldo lembra ainda que 61% das categorias tiveram reajuste igual ou superior à inflação no primeiro semestre deste ano.
Além do reajuste de 14,78% no salário e benefícios, a categoria pede: combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio educação.
A categoria entregou a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. A data-base da categoria é setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional.
Reivindicações
Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,78% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
A proposta da Fenaban foi de reajuste de 6,5% mais R$ 3 mil de abono para os trabalhadores. O Comando Nacional dos Bancários diz que essa proposta representa perda real de 2,8% (ao se descontar a inflação de 9,57%).
Em todo o país, são cerca de 512 mil bancários. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não se pronunciou sobre o assunto. (Com informações Assessoria e Agências)