Durante o registro do B.O o estelionatário voltou a ligar pra a vítima
Um cidadão caiu no golpe do falso médico na cidade de Aquidauana, neste feriado. O falso médico entrou em contato com familiares de uma paciente que está internada com problemas ortopédicos. Ela sofreu um acidente de trânsito e aguarda cirurgia no fêmur.
O estelionatário entrou em contato por telefone e pediu para falar com o responsável pela paciente. A avó da senhora internada, atendeu ao telefone e foi questionada se a família teria condições de pagar um tratamento particular.
A senhora então passou o contato do esposo da paciente, o estelionatário entrou em contato com o marido e disse que a paciente estava com um problema grave, que se tratava de leucemia, com risco de morte, que exigia um tratamento de urgência. O SUS, segundo o falso médico, não cobriria.
Após o “acerto com o médico”, o marido então passou um primeiro Pix no valor de R$ 8.600,00, oito mil e seiscentos mil reais, a uma senhora, que segundo o bandido era de uma clínica. Posteriormente, o esposo da paciente fez outro Pix no valor de 4.900,00, quatro mil e novecentos reais, para a mesma conta.
O criminoso convenceu a vítima de que, em 48h, o SUS iria ressarci-lo, mais tranquilo já que tinha pago o tratamento. A vítima foi até o hospital ver como estava o andamento do tratamento da esposa, e recebeu por parte do hospital a informação de que não havia nenhum médico com o nome que lhe fora passado, nem esse quadro grave que teria o falso médico lhe passado.
A vítima então foi até a delegacia fazer o boletim de ocorrência e, quando estava na delegacia, recebeu outro telefonema do estelionatário dizendo que a paciente teria que tomar duas ampolas de medicamento e que precisaria de mais 4.900,00, quatro mil e novecentos reais.
O JNE entrou em contato com a direção do hospital regional de Aquidauana e fomos informados pelo diretor administrativo Joacir, de que o hospital não pede dinheiro para familiares de pacientes internados pelo SUS, “todo tratamento é gratuito, médico não entra em contato com familiares de pacientes por telefone, e quando o hospital precisa falar com algum familiar isso é feito através do departamento de assistência social que chama a família para conversar pessoalmente, nas dependências do hospital”, comentou o diretor.
A Polícia Civil instaurou o inquérito policial e apura o caso.