Com o objetivo de proteger o Pantanal, maior planície alagável do mundo, o Governo de Mato Grosso do Sul intensifica ações da Operação Pantanal 2025, que envolve investimentos em estrutura, treinamento de equipes e instalação de bases avançadas em áreas remotas do bioma.
Desde 2024, onze bases foram implantadas pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM-MS) em pontos estratégicos, como na Serra do Amolar, às margens do Rio Paraguai. Nessas regiões de difícil acesso e alto risco de queimadas, os bombeiros têm atuado não só no combate ao fogo, mas também prestando apoio direto às comunidades locais.
A pantaneira Vicentina Íris de Souza, moradora da Barra do São Lourenço, destaca a importância da presença dos militares: “Eles ajudam no que podem. Me sinto maravilhada”.
A tenente-coronel Tatiane Inoue ressalta que a interação com os moradores vai além do previsto: “Ultrapassa qualquer estratégia desenhada. Interagir com a comunidade faz toda a diferença”.
A base da Serra do Amolar foi fundamental para conter um incêndio vindo do Mato Grosso em 2024, evitando que ele se alastrasse. Com presença antecipada no terreno, a resposta ao fogo foi quase imediata, reduzindo drasticamente a área atingida.
As bases contam com estrutura de apoio, alimentação, água, geradores, equipamentos para drones e manutenção. Segundo o major Eduardo Teixeira, subdiretor da DPA, a presença das equipes permite detectar e agir sobre os focos de incêndio em até 4 horas — tempo antes estimado em até 8 horas.
Além disso, o posicionamento das bases leva em conta fatores como ventos predominantes e áreas de vegetação sensível, inclusive com ações preventivas em regiões de fronteira com o Mato Grosso e a Bolívia.
A Operação Pantanal 2025 reforça o compromisso com a preservação do bioma e com a segurança das populações que ali vivem.
(Com informações, Secom. Fotos: Álvaro Rezende/Secom)