Dos 14 mandados de prisão da Operação Voo Baixo, deflagrada nesta quarta-feira (04) contra organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de cocaína, quatro foram cumpridos em Mato Grosso do Sul. Segundo a informação levantada pela reportagem, foram dois presos em Três Lagoas, um em Paranaíba e outro em Coxim.
Os presos das cidades da região leste estão em Três Lagoas. O de Coxim veio para a carceragem da Polícia Federal na Vila Sobrinho, em Campo Grande.
O município de Coxim é onde foi encontrado morto, em 2011, Carlos Alberto Simões Junior o homem que era apontado como chefe de bando responsável por envio de cocaína a países europeus, alvo de outra operação da PF, a Deserto, para desbaratar a quadrilha. Ele é sogro de Rubens de Almeida Salles Neto, que foi preso nesta quarta-feira na casa dele em São José Rio Preto (SP), cidade onde era conhecido como empresário e se apresentava, ainda, como dono de fazendas em Mato Grosso do Sul. A esposa de Rubens, Beatriz Gatti Simões, filha de Carlos Alberto, também foi presa.
Objetivo – A Voo Baixo, desencadeada pela Polícia Federal de São Paulo, foi feita para destruir organização criminosa voltada ao tráfico internacional de cocaína, negociada pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Os traficantes, conforme o trabalho de investigação, faziam a rota Bolívia/Europa com entrada por MS, na fronteira, passando por cidades do interior de São Paulo até que os carregamentos fossem despachados via Porto de Santos.
O bando, de acordo com a Polícia Federal, tinha pelo menos 19 aviões e chegou a ter aeronave abatida pela Força Aérea Brasileira em Mato Grosso do Sul, no ano passado. A droga, segundo a investigação, era transportada da Bolívia para cidades, ficava armazenada em galpões de municípios do Estado, depois ia para cidades do interior de São Paulo, por terra, onde ficava armazenada em sítios e chácaras. Depois, seguia para o Porto de Santos, com destino aos países europeus.
A movimentação mensal é estimada em 1,5 tonelada de cocaína, 85% disso para “exportação”, com valor cinco mil por cento maior que o de compra na Bolívia. A negociação com os fornecedores do país vizinho tinha, de acordo com a Polícia Federal, o domínio do PCC.
Fonte: Campo Grande News