No último domingo (20), pescadores localizaram o corpo de uma onça-pintada boiando no rio Paraguai, a cerca de duas horas de viagem rio acima a partir de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. O registro foi compartilhado nas redes sociais e chamou a atenção de ambientalistas e autoridades locais.
O Instituto Homem Pantaneiro (IHP), referência na conservação da biodiversidade do Pantanal, confirmou o ocorrido por meio de nota oficial. A organização informou que recebeu a denúncia popular e prontamente notificou as autoridades competentes, incluindo a Polícia Militar Ambiental, que já iniciou as investigações para apurar as causas da morte do animal.
Até o momento, não há confirmação se a onça foi vítima de caça ilegal ou se morreu por causas naturais. O IHP ofereceu suporte técnico às autoridades e reforçou a importância de ações científicas e da participação da sociedade na preservação da espécie.
A onça-pintada é considerada um símbolo da biodiversidade brasileira e desempenha papel crucial no equilíbrio ecológico do Pantanal. A morte de um indivíduo pode representar impactos significativos para a conservação da espécie a médio e longo prazo.
Caso seja comprovado que o animal foi morto por ação humana, os responsáveis poderão ser enquadrados na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998), que prevê penas de seis meses a um ano de detenção, além de multa, para quem mata animais silvestres.
O caso reforça a necessidade de vigilância contínua e do fortalecimento de políticas públicas voltadas à proteção da fauna pantaneira.