Dos cursos de graduação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – UFMS, mal avaliados pelo MEC (Ministério da Educação), a maioria fica em campus do interior, e o pior resultado fica para a Unidade de Aquidauana.
São seis cursos com desempenho de 1 a 2: Geografia Bacharelado (nota 1 no Enade), História (nota 2 no Enade), Letras Portugês/Inglês (nota 2 no Enade), Letras Português e Licenciatura (nota 2 no Enade e CPC), Matemática (nota 2 no Enade) e Turismo (nota 1 no Enade).
Os riscos para o campus de Aquidauana são elencados no Relatório de Gestão de 2016 da UFMS, como cursos com elevadas taxas de evasão e retenção e Taxa de Sucesso na Graduação de 2015 abaixo da média da UFMS nos cursos de Geografia (Licenciatura e Bacharelado), Matemática e Administração.
Conforme levantamento nos Indicadores de Qualidade de Educação Superior, são 22 graduações com avaliação 1 e 2, sendo 18 localizados a muitos quilômetros de Campo Grande. Os indicadores do MEC congregam desempenho no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), CPC (Conceito Preliminar de Curso) e IGC (Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição). Dos cursos com nota baixa, três ficam em Campo Grande, sendo os demais localizados em Bonito, Três Lagoas, Corumbá, Coxim, Nova Andradina e Paranaíba.
O IGC (Índice Geral de Cursos) é um indicador de qualidade que avalia as instituições de educação superior. OCPC (Conceito Preliminar de Curso) é um indicador de qualidade que avalia os cursos de graduação. O Conceito Enade é um indicador de qualidade que avalia os cursos por intermédio dos desempenhos dos estudantes no exame. Conforme o MEC, os indicadores de qualidade são expressos em escala contínua e em cinco níveis, nos quais os níveis iguais ou superiores a três indicam qualidade satisfatória.
A UFMS se manifestou por meio de Nota Oficial. Confira a resposta na íntegra:
A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) tem buscado aprimorar suas ações para melhoria dos cursos de graduação, com impacto nas diferentes Unidades Setoriais da Cidade Universitária (faculdades e institutos) e também nos câmpus do interior.
Todos os cursos com avaliação inferior ao esperado recebem uma especial atenção da Universidade e, atualmente, a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) desenvolve um trabalho prévio que busca atender as dificuldades apresentadas antes que elas se manifestem nos resultados das avaliações externas.
No processo avaliativo instituído pela Portaria Normativa/MEC n.40/2007, que consolida as disposições sobre indicadores de qualidade da Educação Superior no Brasil, um dos procedimentos realizados é o estabelecimento de um protocolo de compromisso cujo objetivo é ter a oportunidade de sanear as fragilidades apresentadas pelo Curso após a realização de uma avaliação externa ou após a divulgação dos resultados dos indicadores de qualidade calculados pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
Isso se dá através do estabelecimento de um plano de melhorias onde os gestores – uma comissão formada por docentes e técnicos – se comprometem a melhorar os aspectos cujo desempenho foi aquém do esperado. Estes podem ser tanto de ordem didático-pedagógica quanto relacionados ao número de docentes ou a questões estruturais, que são contemplados de acordo com a capacidade orçamentária da UFMS, especialmente dentro do atual cenário de contenção de despesas do Governo Federal.
Com relação à falta de professores ou de estrutura, destaca-se que a UFMS tem melhorado seus índices nos últimos anos, o que inclui a proporção de mais de 80% de seu corpo docente com a titulação de doutorado. Entretanto, considerando a dimensão da Universidade e o seu crescimento constante, sempre haverá a necessidade de melhorias no corpo docente e na infraestrutura – objetivos que também integram o planejamento das políticas de excelência da atual Administração da UFMS.