De olho nas eleições municipais, Marquinhos encontra resistência para formar alianças

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O ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), tenta se aproximar de antigos rivais para construção de alianças na disputa das eleições municipais de 2024.

Mas o seu plano pode ser frustrado com articulações dessas mesmas lideranças políticas com quem está conversando para montar uma parceria em 2024.

Essa aliança seria sem o Marquinhos no protagonismo das negociações. Dias atrás, o ex-prefeito se reuniu com a sua antiga rival, ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), e com o seu primo, ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) para costurar um acordo para as eleições do novo prefeito.

“O nosso candidato pode sair daqui”, comentou Marquinhos.

Ele apontou ainda o até então desafeto quando estava no antigo PMDB, ex-governador André Puccinelli (MDB) e o deputado estadual e seu secretário de Finanças, Pedro Pedrossian Neto (PSD), como outras opções. “Vamos conversar, também, com o dr. André”, afirmou o ex-prefeito. “O Pedrossian Neto não descartado”, ressaltou.

Enquanto Marquinhos faz toda essa movimentação, na outra esteira estão justamente André Puccinelli e Rose Modesto conversando para se unirem nas eleições municipais. Rose seria, a princípio, a candidata a prefeita.

Ou os dois poderiam formar uma chapa competitiva para concorrer a prefeitura com apoio de outros partidos. Para formar essa parceria, André e Rose vêm se reunindo com outras lideranças na busca de acordo. E nesse acordo pode incluir no PSDB na aliança.

Mas no PSDB há o deputado federal Beto Pereira tentando viabilizar o sonho de concorrer a Prefeitura de Campo Grande. Não é de hoje que Beto busca emplacar a sua pré-candidatura a prefeito dentro do partido. Em 2016, o seu nome foi barrado para abrir caminho a então vice-governadora Rose Modesto. Ela foi para disputa e perdeu a eleição para Marquinhos Trad no segundo turno.

Em 2020, Beto não conseguiu, de novo, sair candidato por imposição do então governador Reinaldo Azambuja, que tinha acordo de apoiar a reeleição de Marquinhos em retribuição ao apoio que recebeu no segundo turno das eleições de 2018. Aliança com Marquinhos foi considerada decisiva para derrotar o juiz Odilon de Oliveira, na época do PDT.

Desta vez, as conversas estão sendo feitas, também, com o governador Eduardo Riedel sobre essa ampla para as eleições em Campo Grande.

Esse grupo avalia que terá como grandes rivais a atual prefeita Adriane Lopes (Patriotas), Hj Henrique Mandetta (União Brasil) e um petista. Por enquanto, não conta com Beto Pereira como adversário dependendo do desfecho das conversas com Riedel e com o ex-governador Reinaldo Azambuja, que comanda o PSDB no Estado.

DISPUTA EM FAMÍLIA
Marquinhos está impedido de concorrer a prefeitura, porque já foi reeleito para o segundo mandato. Ele renunciou em abril de 2022 para disputar ao governo do Estado. E perdeu. O plano dele é disputar uma vaga na Câmara Municipal e terá como adversários, o sobrinho Otávio Trad (PSD) e o primo William Maksoud (PTB).

O ex-prefeito não vê problemas em concorrer com os parentes. Ele lembrou da disputa de Fábio Trad, na época era do PMDB, e Luiz Henrique Mandetta, do antigo DEM, para Câmara dos Deputados. Os dois foram eleitos.

Fonte: Correio do Estado