Para encorajar as mulheres a denunciar qualquer tipo de abuso ou agressão, a delegada titular Joilce Silveira Ramos e sua equipe de policiais civis e estagiárias da Delegacia de Atendimento à Mulher de Aquidauana, foram para a área central do município na manhã deste sábado, 07 de março, distribuir rosas e mostrar que a população pode contar com a equipe policial. A iniciativa também contou com a participação das equipes do CRAM, da Secretaria de Assistência Social de Anastácio, escola de cursos preparatórios e também de familiares da jovem Airyfer Castro Elias, aquidauanense vítima de feminicídio que foi assinada pelo seu ex Edmauro Gamarra, pelo mesmo motivo da maioria dos casos: o agressor não aceitou o fim do relacionamento. O atual namorado da jovem, Higor Quintana, também foi assassinado.
O investimento para as rosas e a iniciativa foi da delegada, mas sua equipe abraçou a ideia. O objetivo da ação foi mostrar que há sim saída para se livrar de um relacionamento abusivo, antes que este vire um feminicídio. Onde se pode sim quebrar essas barreiras criadas pela violência doméstica e começar a escrever uma nova história.
A autoridade policial reforça que a mulher precisa se encorajar, quebrar esse ciclo de violência. Em relação a agressão física e psicológica, quando a vítima quer e cria coragem para denunciar, o Estado tem sim como proteger. A única forma de prender um homem que praticou o crime de ameaça, é ele descumprindo a Medida Protetiva com outra ameaça, mesmo que seja só psicologicamente, sem ameaça física, ele vai preso sim. A autoridade policial, que está bem atuante na causa a favor das mulheres, conta que em mais de 50% dos casos, as vítimas confirmam que a medida já resolveu. E em relação aos que desobedecem a ordem judicial, Joilce explica que a resposta da Delegacia da Mulher é muito rápida, onde por semana está sendo decretada de três a quatro prisões de agressores. “Passou na frente da casa, chegou com buquê de flores, vai preso porque está descumprindo um decisão judicial e o agressor vai ver que há sim uma resposta para esse descumprimento, que é a prisão, para ele entender que não é para voltar mais lá”, pontuou a delegada.
A Delegacia de Atendimento à Mulher está equipada para proteger mulheres, crianças e idosos, seja na cidade, seja na área rural, onde tiver uma vítima precisando de ajuda, eu e minha equipe vamos até ela. A delegada reforça que sua equipe não medirá esforços e nem distância pra protege-los, onde também se disponibiliza vagas no abrigo de Campo Grande por tempo indeterminado. “Essas vítimas precisam confiar na Polícia, só assim para perder o medo, se separar e ver o agressor ser responsabilizado”, pontuou a delegada.
Fotos: Vinicius Eduardo/JNE