Depois de longo período de submissão, Sinprecam resolve defender os servidores

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Em sua página em rede social, dirigentes do Sinprecan postaram que no final da tarde de sexta-feira (16), servidores filiados à entidade estiveram reunidos em sua sede para deliberarem assuntos de interesse da categoria.
Segundo a publicação que destaca uma foto do professor Lindinaldo Costa conduzindo a Assembléia foi deliberado que na próxima quinta-feira, dia 22 de setembro, os servidores públicos da Prefeitura de Aquidauana não irão trabalhar e vão se reunir na Praça dos Estudantes às 8 horas em conjunto com o SIMTED e outros sindicatos para pressionarem o Presidente da República a não enviar para o Congresso Nacional “Projeto de Lei” que tira os benefícios conquistados ao longo da história pelos sindicatos, que representam os servidores públicos, como o fim da estabilidade, 13° salário e aumento da idade mínima para a aposentadoria. Neste dia, sindicatos de todo Brasilestarão junto aos seus filiados nas ruas protestando e lutando pela manutenção de seus direitos.
Ainda, no dia 22, os filiados ao SINPRECAM farão uma reunirão para decidirem se entram em greve geral ou não. Ficou acertado que na segunda-feira o prefeito Zé Henrique deverá ser notificado no tocante a reposição salarial de 2016.
A categoria exige os 11,36% conforme prevê a Lei 2297/2013 cuja data base foi janeiro deste ano e até agora o prefeito Zé Henrique (PDT) se recusa a cumprir o que ele mesmo produziu e enviou para a Câmara de Vereadores para discussão, votação e aprovação.
Se até o dia 22 não houver uma tomada de decisão por parte do Poder Executivo os servidores vão paralisar as atividades, devendo retornar ao trabalho somente após o prefeito conceder a reposição salarial e cumprir o que determina a Lei.
Outro ponto colocado em votação pelo dirigente do Sinprecam Lindinaldo Costa é que se o pagamento do mês de setembro/2016 não estiver na conta do servidor até o quinto útil, ou seja, 7 de outubro (sexta-feira) haverá outra paralisação e só retornarão ao trabalho assim que o pagamento for efetuado. Ao final, o texto publicado na página do Sinprecam em rede social convoca o servidor afirmando que a hora da luta é agora: “Juntos somos fortes. Vamos nos mobilizar para assegurar nossos direitos”.  A falta de condições mínimas de trabalho, para atender a população não estava inclusa na pauta.
Vale ressaltar que a entidade está no imbróglio por conta de que o presidente da entidade deixou o cargo para disputar uma vaga na Câmara de Vereadores, a vice-presidente renunciou e desfiliou da entidade, a presidente interina nomeou outra presidente interina e a Assembléia acabou sendo conduzida pelo tesoureiro.
A Prefeitura de Aquidauana vem atrasando de forma sistemática a folha de pagamento dos servidores, além disso, não vem cumprindo com o repasse em dia do recurso descontado em folha para a entidade.
No caso do cartão de convênio, a Prefeitura desconta do servidor e não faz o repasse a empresa que administra o cartão que acaba bloqueado. Com isso o servidor fica sem salário, sem crédito para comprargêneros de primeira necessidade e a panela fica vazia. Também há denuncias de que até pensão alimentícia descontada do servidor não está sendo paga pela Prefeitura de Aquidauana.
Servidores públicos de licença médica, sem nenhuma atenção por parte do Poder Executivo, pois o município não oferece aos trabalhadores um plano de saúde, estão sem receber em dia o salário, e por isso não encontram condições para adquirir os remédios de uso continuo, prejudicando o tratamento e promovendo sua regressão, trazendo prejuízos incalculáveis, graças ao descaso e a omissão do gestor no que diz respeito a um direito do trabalhador, o de receber em dia o seu salário.
O pagamento de empréstimo consignado também é descontado na folha do servidor e não repassado aos bancos, o que provoca a inclusão do nome do servidor em empresas de proteção ao crédito.
Mesmo com todos estes problemas o Sinprecam (Sindicato dos Trabalhadores da Prefeitura de Aquidauana) se mantinha alheio aos interesses da categoria, usando do silêncio, merecendo por parte do servidor criticas pela submissão e omissão.
Até o momento todos os movimentos nasceram da coragem de alguns servidores, por conta de que o sindicato que representa a categoria, não se manifestava.
Alguns deles estão sendo alvos de represálias, pressão, perseguição e remanejamentos com justificativas não convincentes, sem que a entidade que nasceu para defender o interesse da categoria o faça, priorizando neste momento conturbado do trabalhador a reforma e melhorias na sala da presidência da entidade.
Enquanto isso o servidor vai às ruas dizer ao comércio, “que não paga, porque não recebe”. Em nenhum destes movimentos dos servidores a entidade que os representa se fez presente.