Descritos como uma nova espécie, os camarões-fantasma (Macrobrachium pantanalense) agora podem ser vistos no Bioparque Pantanal, em Campo Grande. Cerca de vinte exemplares do animal foram coletados na região pantaneira de Miranda e agora integram o plantel do aquário gigante.
Típicos do bioma, esses animais possuem o nome popular de camarão-fantasma pelo aspecto transparente em seus corpos. Estudos documentam que a espécie tem de 5 a 9 dentes igualmente distribuídos e os adultos podem chegar a medir 6,5 centímetros de comprimento.
Além disso, o camarão do Pantanal tem o corpo considerado médio e os machos são menores do que as fêmeas. Invertebrado onívoro, é apontado como “bom para limpar aquários”.
Camarão do Pantanal foi examinado na Europa para ser reconhecido como nova espécie
A descoberta da existência desse tipo camarão foi reconhecida pela comunidade mundial científica há apenas treze anos, em junho de 2012, durante um congresso na Grécia.
“Com os avanços dos estudos, observamos que a espécie do Pantanal era uma nova espécie, enviamos materiais para uma taxonomista da Europa e a mesma identificou que realmente o camarão do pantanal é uma espécie nova, ao qual chamamos de Macrobrachium pantanalense”, declarou na época a doutora em Aquicultura responsável por conduzir os estudos, Liliam Hayd.
Dá pra comer?
Por alcançar apenas 6 centímetros, o camarão pantaneiro não serve para para consumo, sendo mais utilizado como isca viva, alimentação de peixes e criação em aquários. “Podem ser criados nos mesmos tanques dos peixes e podem se alimentar das sobras de ração. O camarão come tudo, inclusive as excretas dos peixes. Dessa forma, quando ele fizer a despesca, ele acabará tirando dois produtos ao invés de um, o camarão e o peixe”, explicou Hayd.
Agora, com a chegada ao Bioparque Pantanal, a espécie diferenciada pode ser observada pela população em Campo Grande. Os exemplares estão expostos e disponíveis para “visitação” nos tanques “Ressurgências” e “Mimetismo”.