Mauro Eder Araujo Pereira, de 31 anos, vulgo “Fininho”, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) que se aliou ao Comando Vermelho (CV), foi executado no final de junho, sendo seu corpo encontrado no dia 20 de julho, na região do Balneário Atlântico, em Campo Grande, em estado de decomposição. Nesta segunda-feira (31) a Delegacia de Homicídios apresentou os envolvidos e falou sobre o desfecho do crime.
Dezoito pessoas, todos integrantes do PCC, participaram da execução. Os envolvidos são: Claudimon Moreira da Silva, de 36 anos, “Coringa do Gelo”, Joceli Lima dos Santos, de 23 anos, “Neném do PCC”, Luan Avila Santana, de 20 anos, “Luan Maconha”, Luis Alberto de Jesus Ramos, de 23 anos, “Beto”, André Abner Correa de Arruda, de 20 anos, “Gordinho”, Israel Rodrigues Lopes, de 23 anos, “Coringa”, Maycon Erickson Dias Ponsolle, de 23 anos, “Scot’, Luan Laftan da Silva Queiroz, de 21 anos, “Camarote”, Carlos Henrique de Oliveira Arguelho, de 39 anos, “Eclipse”, Leonardo Caio dos Santos, de 28 anos, “Apolo”, Diego Alcunha Medina, de 23 anos, “João Lucas”, Cristhian Thomas Vieira, de 28 anos, “Tio Doni, Glaucia Maria Padim, de 31 anos, “Branca”, Miguel Angelo Sanches Benitez, de 19 anos, “Paraguaio” e quatro adolescentes.
Fininho desapareceu no dia 29 de maio, segundo o delegado Márcio Obara, da Delegacia de Homicídios. Ele foi levado por um dos adolescentes até o cativeiro, por vontade própria, onde passaria pelo ‘julgamento’ da facção. Para os vizinhos não desconfiarem os integrantes ficaram mudando de casa. “Eles realizavam o interrogatório e era repassado por celular para os que estavam no presídio. A partir do terceiro cativeiro Fininho já começou a desconfiar que seria executado”, relata Obara.
Mauro passou por seis regiões do Jardim Caiobá, Mario Covas, Estrela Dalva, Jardim Veraneio, Noroeste até a sua execução nas proximidades o Balneário Atlântico. Os envolvidos faziam rodízio na vigilância, cada local tinha diferentes guarda, para que a vítima não descobri-se quem estava com ele.
O vídeo da morte de fininho foi divulgado nas redes sociais como uma forma para demonstrar poder, segundo o delegado. “Duas pessoas assumiram os assassinato que foi o Luan Maconha e João Lucas, mas Fininho foi morto apenas com um tiro, então um deles está assumindo sem ter feito”, diz o delegado.
Os envolvidos foram indiciados por: associação criminosa, cárcere privado, sequestro, homicídio doloso e corrupção de menores. Além de dois dos autores serem presos em flagrante por tráfico de drogas com cerca de 68 quilos. Eclipse e Apolo ainda estão foragidos. A arma do crime foi localizada com um dos autores que foi preso durante um assalto utilizando a mesma arma. Dos dezoito participantes, quatro já estavam presos quando aconteceu o crime.
Motivo – Fininho teria assassinado duas pessoas, sendo uma no Jardim Nha Nhá e outra no bairro Guanandi, sem aprovação da facção. Outro motivo seria por ele trair a facção facilitando o tráfico de drogas e repassando informações para o Comando Vermelho.
Corpo de Fininho foi encontrado em estado de decomposição
Fonte e Fotos: Diário Digital