Em live, Luan Santana promove “Movimento Pantanal Chama” e turismo do MS apoia ação solidária

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Como bom sul-mato-grossense o cantor Luan Santana, que é nascido em Campo Grande, sempre teve o Pantanal como referência. E como bom brasileiro, também sentiu as dores causadas pela maior queimada das últimas décadas e que afetou boa parte da fauna e flora pantaneira. Foi então que ele criou o ‘Movimento Pantanal Chama’ e, somando forças com o poder público, sociedade civil, institutos sem fins lucrativos e ongs, formaram o movimento para ajudar na recuperação do bioma, das comunidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas, dos animais e de todo o Pantanal.

No último dia 11, o cantor viajou até Corumbá para acompanhar de perto os estragos causados pelas queimadas no Pantanal. “Quis ver com os meus próprios olhos como está a situação. Fiquei tão impactado em me deparar com aquele paraíso assim, todo cinza, como uma cena de filme de guerra. Eu até entendo que a gente mora longe e se sinta pouco afetado por tudo isso que está acontecendo. Sabemos que bichos morreram, que área gigantesca foi devastada, mas, às vezes, a gente não entende como isso pode afetar a vida da gente. A minha visita hoje é para descobrir essas respostas. E lutar para que muitos possam me ajudar”, afirma.

O cantor fez uma live na tarde deste domingo (22), a bordo de um barco no meio do Rio Paraguai, próximo à Serra do Amolar, um dos lugares mais afetados pelas queimadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul este ano. Todas as doações e a verba arrecadada no show online, transmitido pelo canal oficial do cantor no YouTube e no @natgeobrasil, serão destinadas às ações de recuperação.

Tanto a visita técnica, quanto os trabalhos para a transmissão da live ficaram sob fiscalização da Anvisa e passaram por criteriosos protocolos de biossegurança. Toda a equipe técnica que esteve envolvida na produção do show online passou pelo teste da Covid-19, todos os resultados deram negativos.

Apoio solidário

A Fundação de Turismo do MS, o trade sul-mato-grossense e o Instituto Homem Pantaneiro também são parceiros solidários da ação com apoio logístico, de suporte e na articulação para que a realização da live em prol do bioma pantaneiro fosse feita no local adequado.

“Estamos felizes em poder apoiar solidariamente nessa live em prol do Pantanal, uma excelente iniciativa do Luan Santana num momento tão difícil como está sendo esse ano. Realizamos um apoio apenas institucional por meio da articulação junto a empresários locais, especialmente com a Joice que prontamente atendeu nosso pedido e foi parceira efetiva para que essa live acontecesse dessa forma, dentro do barco no meio do Rio Paraguai. É muito importante que tenhamos conscientização para a preservação do Pantanal, que é um bioma com capacidade de regeneração, mas que precisa cada vez mais da sensibilização das pessoas para sua conservação. Vale lembrar que o Instituto Homem Pantaneiro, que também é um dos parceiros solidários na ação, é peça fundamental na luta pela preservação e fez um trabalho belíssimo durante as queimadas. E a gente convida todo mundo a conhecer o Pantanal, esse bioma único que tem muita natureza, ecoturismo, atividades de observação de animais e aves, pesca esportiva e que nesse momento precisa do apoio de todos” enfatiza Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul.

O coronel Rabelo, presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), enaltece a ação e diz que a sociedade precisa ajudar na reconstrução de um patrimônio que é de todos. “No momento em que o Pantanal atravessa um de seus grandes desafios, seja de conservação ou enquanto atividade econômica, a iniciativa do ‘Movimento Pantanal Chama’ liderada pelo cantor Luan Santana, chega numa hora extremamente oportuna e necessária. Chamar a atenção do país para o Pantanal vai além do nosso compromisso constitucional e de tê-lo como patrimônio, mas de encontrarmos formas de participação ativa na sua proteção. Nós perdemos muito, o homem pantaneiro perdeu, todos nós perdemos enquanto sociedade. E esse movimento representa uma oportunidade para todos nós sairmos da passividade e irmos ao encontro de algo que é necessário, e que não é só constatar o problema que aconteceu, mas também de ajudar a pensar em como reconstruir e restaurar esse bioma”.