Cerca de 350 famílias ligadas ao MAF (Movimento Sul-mato-grossense da Agricultura Familiar) e da FNL (Frente Nacional de Luta Campo e Cidade) ocuparam, desde a madrugada de domingo (29) até a noite desta terça-feira (02), a fazenda São João que fica a 40 quilômetros de Anastácio, sentido Miranda.
Os invasores solicitavam a presença de representantes do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e MPE (Ministério Público Estadual) para esclarecimento de questões relacionadas à reforma agrária no Estado.
A organização estaria cobrando agilidade no cadastramento das famílias para a aquisição das áreas e agilidade no processo de demarcação dos assentamentos por todo o território Sul mato-grossense. “Se não obtivermos respostas do Incra, MPE, TCU, acontecerão outras ocupações”, comentou o coordenador da invasão, Argeu Barreto de 36 anos, ao Campo Grande News.
Ainda de acordo com o site de notícias, eles também pedem que as fazendas do empreiteiro João Amorim, envolvido nos escândalos da Operação Lava-Jato, sejam destinadas para a criação de novos assentamentos. Ainda de acordo com Barreto, desde 2015, cerca de 9 mil acampados tem sido afetados com as irregularidades no processo da reforma agrária na região.
Mas na noite desta terça-feira, os manifestantes cumpriram a ordem judicial de reintegração de posse, solicitada pelo proprietário da Fazenda à Justiça. Equipes policiais do 7º BPM acompanharam a reintegração de posse, conforme acordado entre Polícia Militar e INCRA. Segundo a assessoria do Batalhão, a atuação das equipes policiais foi tranquila, intermediando com respeito aos direitos e garantias dos movimentos sociais envolvidos e fazendeiro.
Foto: Campo Grande News
