Homem executa casal a tiros

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Enquanto atirava, o suspeito dizia “é isso que talarico merece” e perguntava “ainda não morreu?”.

Um duplo homicídio aconteceu em Campo Grande na noite deste domingo (10). Um casal, um homem de 44 anos e sua mulher de 49, foram brutalmente assassinados em sua residência, localizada na Rua Ibirapuã, bairro Coophatrabalho. O principal suspeito, segundo testemunhas, é um homem que invadiu a casa e executou as vítimas a sangue frio.

A tranquilidade da noite foi interrompida por uma sequência de disparos de arma de fogo que ecoaram pela Rua Ibirapuã. O pânico tomou conta dos moradores após a descoberta dos corpos na residência do casal.

A Polícia Militar foi acionada após o enteado da vítima ouvir barulho de tiros. Ao conversar com a equipe, o rapaz informou que estava dormindo, momento que acordou com os gritos de socorro da madrasta.

O rapaz se escondeu em um canto do quarto onde dormia e ligou para o 190. Além disso, a testemunha afirmou que reconheceu a voz do suspeito como sendo a do ex-marido da mulher. Enquanto atirava, o suspeito dizia “é isso que talarico merece” e perguntava “ainda não morreu?”.

“Ouvi os tiros e os gritos da minha madrasta. Tive muito medo”, relatou o adolescente, ainda visivelmente abalado.

Testemunhas que residem nas proximidades do crime afirmaram ter ouvido o agressor proferir ameaças e xingamentos durante o ataque, como “é isso que talarico merece” e “ainda não morreu?”. A frieza e a crueldade do ato chocaram a comunidade local.

As polícias Civil e Militar foram acionadas e rapidamente iniciaram as diligências. Imagens de uma câmera de segurança próxima ao local do crime capturaram o suspeito entrando e saindo da residência, reforçando a suspeita de sua participação no crime.

O filho do suspeito informou aos policiais que o pai mora na Rua Jasmelinda Ferreira de Carvalho, na Vila Manoel Taveira e, ao irem até a residência, a equipe encontrou cápsulas de revólver calibre 38, 12 munições de calibre 32, 84 munições de calibre 357, um revólver marca Taurus calibre 22, e um revólver Smith & Wesson calibre 357. O suspeito não foi localizado.

Equipes da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) foram acionadas e estiveram no local do crime, bem como a perícia e a funerária. O caso foi registrado como feminicídio e homicídio qualificado.