Incêndios atingem fazendas na região pantaneira próximo a Aquidauana, localidade conhecida como Porto das Éguas e suas adjacências, está enfrentando um grande foco de incêndio que começou na madrugada. Segundo moradores, o fogo está devastando pastagens e matas nativas de diversas fazendas.
As fazendas afetadas incluem Tupãceretã, Santa Sofia, Entre Rios, Barra Mansa e várias outras propriedades que também registram focos de incêndio. Até a Fazenda Rio Negro, famosa pelas gravações das duas edições da novela Pantanal, está enfrentando chamas.
Os ventos fortes, com rajadas que chegam a 50 quilômetros por hora, estão ajudando a espalhar as chamas e criando novos focos de incêndio, o que está preocupando os moradores da região pantaneira. Em resposta, o Exército Brasileiro deslocou equipamentos e pessoal para ajudar no combate ao incêndio. O Corpo de Bombeiros e as Brigadas de Combate a Incêndio também enviaram equipes, contando com o apoio dos trabalhadores rurais do Pantanal.
A situação é crítica, e as autoridades estão trabalhando intensamente para controlar o fogo e evitar maiores danos. A orientação é que todos na região mantenham-se alertas e sigam as instruções das autoridades para garantir a segurança e minimizar os impactos ambientais.
Queimadas no Pantanal em julho
Julho registrou 1.218 focos de incêndios florestais no Pantanal, segundo o Inpe, um aumento de 26,2% em comparação a 2020 e 1.544,8% em relação a 2023. As queimadas são agravadas por condições climáticas desfavoráveis. Com a chegada de agosto, caracterizado por seca e ventos fortes, as autoridades se preparam para um trimestre crítico e alertam para o perigo de queimadas em todo o Estado. Queimas controladas e queimadas urbanas estão temporariamente proibidas.
Valesca Fernandes, do Cemtec, prevê tempo seco e quente (34°C a 37°C) e baixa umidade (10% a 30%) até 7 de agosto, dificultando o combate aos incêndios. A probabilidade de chuvas é mínima, mantendo o risco de fogo elevado.
Medidas de combate e prevenção
O secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, destaca a importância da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, assinada pelo presidente Lula, para fortalecer o combate aos incêndios. Recursos de R$ 13 milhões foram investidos em aeronaves e equipamentos para a região do Rio Negro.
O Plano Nacional de Manejo Integrado do Fogo disciplina o uso do fogo no meio rural, substituindo-o gradualmente por outras técnicas, e permite queimas controladas em situações específicas, como pesquisa científica e prevenção de incêndios.
