Incêndios no Pantanal podem provocar uma chuva ácida a MS

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Depois de dias extremamente quentes e secos, a meteorologia prevê uma mudança radical no tempo em Mato Grosso do Sul: frio de até 4°C e a volta da tão esperada chuva ao estado. Mas, junto com ela, vem também “acidez” deixada no ar devido longo período de seca.

A frente fria que vai provocar a mudança chegou ontem no estado), mas hoje quinta-feira (8) que ela se espalha de vez e causa chuva intensa no sul e no sudoeste, garoa em Campo Grande e cerca de 20 mm de acumulo de água na região de Aquidauana, Miranda e Corumbá, justamente onde os incêndios mais castigam a população.

Apesar do alívio na secura, essa será a primeira chuva significativa em mais de três meses na região e, por isso, pode vir ácida. Poeira, fumaça, tudo que está suspenso devido a esse grande tempo sem limpar a atmosfera pode ocorrer chuva ácida, que é em função de incêndios florestais.

O fenômeno, aqui em Mato Grosso do Sul, está diretamente ligado aos incêndios do Pantanal. É o que explica o meteorologista Vinicius Banda Sperling, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).

“A chuva ácida pode ter vários componentes químicos nela, oriundos de gases, de queimas de combustíveis fósseis, de veículos, por exemplo. Aqui no nosso caso o problema são as queimadas. Então a gente tem essas partículas de poluição, devido aos incêndios e isso reage com oxigênio nas partículas de formação da chuva e esse ácido então é transportado para o solo através da chuva”.

A chuva ácida é considerada um grande problema, especialmente, ambiental. Já que pode ocorrer contaminação do solo, dos cursos d’água, prejudicar o desenvolvimento da vegetação e até o rompimento das folhas das árvores.