A Polícia Civil investiga um caso de agressão contra menina de 7 anos. Segundo a mãe da vítima, a filha teve parte do cabelo arrancado pela madrasta, na madrugada de domingo (13), em Campo Grande. O crime foi flagrado pelo irmão mais velha da criança, de 9 anos.
A auxiliar de cozinha, de 31 anos, contou ao Campo Grande News que o ex-marido está com a suspeita há dois anos e nesse período sempre teve contato com os filhos. “Nunca tinha acontecido nada. Muito pelo contrário, era um excelente pai. Ela, sempre educadíssima”.
Confiando no ex-marido, a mulher liberou que as crianças passem o fim de semana com o casal para comemorar o aniversário de um ano da irmã mais nova. Na volta, no entanto, encontrou a filha assustada e descobriu as agressões. “Ela estava toda animada, era para ser um momento de alegria”.
Para a mãe, a menina não soube explicar como as agressões começaram. Contou que havia sido jogada na parede e teve parte do cabelo arrancado com puxões de cabelo pela madrasta. O crime foi presenciado pelo irmão, de 9 anos, e também pelo pai. “Meu filho só não foi agredido também porque correu para a rua. Eu que sou mãe não bato nos meus filhos, porque ela vai bater?”
Horas depois das agressões, o pai das crianças as entregou ao avô materno, que imediatamente percebeu a falta de tufo de cabelo da neta. Ao questionar o motivo, ouviu que o ex-genro não sabia o que tinha acontecido. Os dois brigaram e o homem, de 55 anos, acabou agredido pelo cunhado do pai dos netos.
O caso foi parar na delegacia e foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro como lesão corporal, ameaça e maus-tratos. Desde então, o pai e a madrasta das crianças não foram mais vistos. Segundo a mãe, depois do ocorrido, também não consegue falar por celular com o pai e a mulher acusada.
“A gente nunca imagina que vai acontecer uma coisa dessas com a gente. Me pergunto porque ele não impediu. Ele foi omisso e negligente”.
A menina, segundo a mãe, passou por exame de corpo de delito nesta segunda-feira (14) que comprovou os puxões de cabelo. Ela conta ainda que a filha está abatida e chegou a passar mal por duas vezes desde que voltou para casa. “Foi muito forte o que ela passou. Ele [pai] perdeu todo e qualquer direito sobre as crianças. Eu não deixo”.
O caso agora será investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). A delegada titular, Marília Brito, disse que o registro ainda não foi encaminhado, e as providências serão tomadas assim que isso ocorrer.
Fonte: Campo Grande News