O mercado financeiro reduziu a projeção de inflação para 2025 e passou a estimar que o ano feche com IPCA de 4,32%, índice abaixo do teto da meta estabelecida para o período. A expectativa para o crescimento da economia foi mantida, com o PIB projetado em 2,26%.
Os dados constam do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central, a partir da consulta a instituições do mercado financeiro. Por se tratar do fim do ano, quando as projeções estão praticamente consolidadas, o relatório não trouxe novas estimativas para a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 15% ao ano.
A Selic está no maior patamar desde julho de 2006, quando atingiu 15,25% ao ano. Após cair para 10,5% em maio do ano passado, a taxa voltou a subir a partir de setembro de 2024, chegando aos 15% na reunião de junho, nível mantido desde então.
Inflação
A estimativa do IPCA vem sendo revisada para baixo pela sétima semana consecutiva. Há uma semana, a projeção era de 4,33%, e há quatro semanas, de 4,43%. A meta de inflação para 2025, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Em novembro, a inflação ficou em 0,18%, influenciada principalmente pela alta das passagens aéreas. Em outubro, o índice havia sido de 0,09%. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 4,46%, ainda dentro do intervalo de tolerância da meta.
Para os próximos anos, o mercado projeta IPCA de 4,05% em 2026 e 3,8% em 2027.
Câmbio e PIB
No câmbio, a expectativa é de que o dólar encerre 2025 cotado a R$ 5,44, ligeiramente acima da projeção da semana anterior (R$ 5,43) e acima do valor estimado há quatro semanas (R$ 5,40).
Já a previsão para o PIB permaneceu estável em 2,26% para 2025. Para 2026 e 2027, o mercado mantém a expectativa de crescimento de 1,80% em ambos os anos.
A economia brasileira registrou crescimento de 0,4% no segundo trimestre, impulsionada principalmente pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento e o melhor resultado desde 2021, quando a expansão foi de 4,8%.

