Ministro diz que aviões do Ministério da Saúde eram usados para tráfico de drogas

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), afirmou que aviões são pagos com recursos da pasta para fazer tráfico de drogas e pediu que a Polícia Federal investigue o caso. A suspeita recai sobre contratos na área de saúde indígena, onde são gastos mais de R$ 700 milhões em atividades.

De acordo com o Jornal Midiamax, a declaração de Mandetta foi feita no dia 31 de janeiro em reunião do Conselho Nacional de Saúde, mas só começou a repercutir quando vídeos editados passaram a circular em redes sociais. Ao destacar os recursos destinados a transporte fez a acusação.

“Os outros R$ 700 e pouco milhões a gente gasta de atividade meio. A gente gasta de avião, de transporte, caminhonete e carros, e motoristas. Aviões pagos com recursos do SUS, escrito na lataria “Ministério da Saúde, a serviço do governo federal”, com tráfico de drogas dentro. Porque o traficante ganhou a licitação e o SUS é uma excelente maneira de você fazer tráfico”, afirmou Mandetta.

O ministro sul-mato-grossense destaca os gastos na área, sinalizando a necessidade de revisão das despesas, destacando repasses milionários para uma ONG, que ele não nominou.

“Na saúde indígena, nós gastamos R$ 1,4 bilhão por ano. Eu não tenho problema nenhum. Poderia gastar R$ 3 bi ou R$ 4 bi. Ótimo. Gasto R$ 1,4 bilhão. Desses, eu gasto com as ONGs, que aqui eu vi Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Indígena, são 13 mil pessoas nas ONGs, eu gasto R$ 650 milhões. Uma ONG leva R$ 490 milhões. É lá do meu estado, do município de Dourados”, explicou.

De acordo com o jornal O Globo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) apresentou na quinta-feira (14) um requerimento de informações ao Ministério da Saúde pedindo dados de todos os contratos na área de saúde indígena desde 2003, destacando a fala do ministro sobre o uso de aviões para o tráfico. Ele pediu ainda a lista de todos os passageiros de voos pagos na área.