O município de Aquidauana mais uma vez recebeu militares para treinamento do 26º Contingente Brasileiro da Companhia de Engenharia de Força de Combate. Os exercícios aconteceram no mês de Abril e início de maio.
Cerca de 120 homens, vindos de diversas organizações militares, estão no 9º Batalhão de Engenharia de Combate Carlos Camisão, onde durante este período se prepararam para a Minustah (Missão Para Estabilização do Haiti). Toda a estrutura do Batalhão, comandando pelo tenente-coronel Fábio Bogoni, esteve à disposição da tropa, onde foi realizada grande parte das instruções, alternando com atividades externas na cidade.
Um diferencial foi o suporte das equipes do 3º Batalhão de Aviação do Exército, passando técnicas e realizando treinamentos com os militares que irão para a Força de Paz, fazendo transporte aéreo de feridos, identificação de estradas através da observação aérea, entre outros. O JNE acompanhou parte do treinamento de uma equipe do 3º BAVEX e pôde fazer com eles, um voo de reconhecimento, como parte das instruções ministradas pelo Batalhão.
A escolha de Aquidauana
As instalações do 9º BE Cmb são ideais para o treinamento do contingente, a área de instrução Sargento Ribeiro Pires, o lago do quartel, o clima da cidade, que é parecido com o do Haiti. São aspectos que contribuíram para que a cidade fosse novamente escolhida.
Nesta sexta-feira (05) aconteceu a formatura dos militares de vários estados do Brasil, que vão para o Haiti, após intenso treinamento, agora preparados para mais uma Força de Paz no referido país. Autoridades militares e o prefeito de Aquidauana, Odilon Ribeiro, junto com alguns vereadores, acompanharam a solenidade.
“Hoje foi um dia histórico no Batalhão Carlos Camisão. Encerrou-se nesta data o preparo da 26ª Companhia de Engenharia de Força de Paz, BRAENGCOY 26. Esta será a última participação brasileira em solo haitiano, encerrando um ciclo de 13 anos de bons serviços prestados a esse país amigo. Os integrantes do 9º Batalhão de Engenharia de Combate sente-se honrados de poder ter contribuído na preparação dessas tropas, e deseja a todos os integrantes dessa briosa subunidade muito sucesso e êxito na missão que ora se inicia”, falou o comandante do 9º BE Cmb, sobre o encerramento das atividades.
Da pacificação à organização
Nas ruas onde no passado ocorriam tiroteios diários entre gangues e militares da Força de Paz, hoje a maior ameaça que esses homens enfrentam são alguns cachorros latindo. Por causa dessa ação que ocorre há anos no Haiti, o sinal está claro de que é hora de encerrar, já que o Exército pacificou e organizou o país.
A missão no Haiti deixará de existir?
A Minustah será substituída por uma “operação sucessora”, chamada de Missão das Nações Unidas para o Apoio à Justiça no Haiti. Além de fazer o monitoramento, elaborar relatórios e analisar situações relacionadas aos direitos humanos, a nova missão também auxiliará o governo haitiano no reforço das instituições do Estado de Direito.
De acordo com a Agência ONU, a nova missão será composta por até sete unidades policiais, com 980 militares e 295 oficiais de polícia individuais por um período inicial de seis meses, a partir de 16 de outubro. A atual tem pouco mais de 1000 policiais individuais e 11 unidades policiais.
A nova missão também atuará na proteção dos civis sob ameaça iminente de violência física, dentro das suas capacidades e áreas de implantação, conforme necessário.
Fotos: Relações Públicas 9º BE Cmb