Morador de Mato Grosso do Sul tem a 8ª maior renda do Brasil

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A população de Mato Grosso do Sul tem a 8ª  maior renda média do Brasil, segundo o Mapa da Riqueza divulgado nesta terça-feira (14) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O sul-mato-grossense ganha em média R$ 1.350,24, valor que sobe para R$ 1.996,11 em Campo Grande, que ocupa a 12ª  posição no ranking das capitais elaborado pela FGV.

A cidade do Estado com maior renda por habitante é Chapadão do Sul, com valor de R$ 2.315,14.

Estes números foram obtidos a partir dos dados do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), ano base 2020, o último disponível para consulta pela Receita Federal. As informações são a base do Mapa da Riqueza.

Ele mapeia fluxos de renda e estoques de ativos dos brasileiro mais ricos, sendo uma análise útil para desenho de reformas nas políticas de impostos sobre a renda e sobre o patrimônio. Para o pesquisador da FGV Marcelo Neri, estas informações possibilitam identificar no país as pessoas com maior poder de compra.

De acordo com o levantamento, o Distrito Federal é a unidade da federação com maior renda média. São R$ 3.147,51 por habitante.

É seguido de São Paulo, com R$ 2.093,34; Rio de Janeiro, com R$ 1.753,97; Rio Grande do Sul, com R$ 1.672,93; e Santa Catarina, com R$ 1.652,07.

Mato Grosso do Sul aparece na 8ª posição, com renda média por habitante de R$ R$ 1.350,24, um pouco inferior a Mato Grosso, com R$ 1.362,94, que ocupa o 7º  lugar. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul fica a frente de Goiás, que tem renda média de R$ 1.092,28, levando em consideração o IRPF.

Capitais

Entre as capitais, a primeira colocada é Florianópolis (SC), com renda média de R$ 4.214,67 por habitante. Em seguida aparece Porto Alegre (RS), com R$ 3.774,84; Vitória (ES), com R$ 3.735,99; e São Paulo, com R$ 3.542,00.

Já Campo Grande aparece na 12ª posição no ranking nacional, com renda média de R$ 1.996,11. Este valor a coloca na última posição entre os estados do Centro-Oeste.

Brasília vem à frente, com  renda por habitante de R$ 3.147,51; seguido por Cuiabá, com R$ 2.428,14; e Goiânia, com R$ 2.279,46.

Nos municípios acima de 50 mil habitantes, Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, lidera com renda de R$ 8.897. Santana do Parnaíba (SP) aparece em seguida, com R$ 5.791; seguido por São Caetano do Sul (SP), com R$ 4.698;  Niterói (RJ), com R$ 4.192; e Santos, com renda média de R$ 3.783.

Entre os municípios do Estado, Chapadão do Sul lidera o ranking, com renda média de R$ 2.315,14 por habitante, de acordo com o Imposto de Renda de 2020 utilizado na pesquisa. Campo Grande aparece na 2ª posição, com R$ 1.996,11; seguido por Maracaju, com R$ 1.960,45; Dourados, com R$ 1.716,62; e São Gabriel do Oeste, com R$ 1.657,32.

Desigualdade social

Entre as conclusões do estudo, a principal é que a desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado, considerando a base de dados do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) à da Pnad Contínua: o índice de Gini (índice mais conhecido para medir a desigualdade social) chegou a 0,7068 em 2020, bem acima dos 0,6013 calculados apenas a Pnad contínua. Cada 0,03 pontos equivale a uma grande mudança da desigualdade. Para o cálculo do Gini, quanto mais perto de 1 está o índice, maior é a desigualdade.

O estudo da FGV aponta que: “Se a fotografia da distribuição de renda é péssima, o filme da pandemia também é. Mesmo com o Auxílio Emergencial, ao contrário do que se acreditava, a desigualdade brasileira não caiu durante a pandemia.

Pela abordagem usual o Gini  teria caído de 0,6117 para 0,6013, já na combinação de bases o Gini, sobe de 0,7066 para 0,7068. Isso pois as perdas dos mais ricos (dos 1%+ foi -1,5%) foram menos da metade das da classe média tupiniquim (-4,2%), a grande perdedora da pandemia.

 

Fonte: Correio do Estado