Em depoimento à polícia, a esposa do caseiro Rivelino Mangelo, 45 anos, acusado de assassinar o patrão, o ex vereador Cristovão Silveira e sua esposa Fátima Silveira, desmentiu a versão do marido sobre maus-tratos. A mulher, que teve a identidade preservada pela polícia, afirmou que ‘nunca teve problema com os patrões’.
Ela explicou ao delegado responsável pelo caso que não possui os pés e que sempre recebia ajuda do ex-vereador e da esposa, com remédios, roupas para a filha e até uma prótese, que ganharia do casal. Ela ainda afirmou que os patrões chegaram a se oferecer para pagar a faculdade de sua filha com Rivelino, de 12 anos.
Ainda de acordo com a mulher, as únicas vezes que viu discussões entre o marido e o ex-vereador eram por conta do Rogério Nunes Mangelo, 19 anos, já que o dono da chácara não queria que o filho do caseiro trabalhasse no local.
Enquanto Rivelino afirmou que era maltratado, humilhado e ameaçado de morte pelo patrão, Rogério afirmou que o plano do crime começou após ele trabalhar na chácara e ficar sem receber R$ 125 referente aos seus serviços.
Ele explicou que por indicação do pai, trabalhou por duas semanas do mês de junho na propriedade na manutenção de cercas. Depois desse período ele acabou dispensado do serviço, supostamente porque Silveira ficou sabendo que ele tinha um comportamento violento.
Ele então recebeu parte do pagamento, mas o ex-vereador ficou devendo os R$ 125 e a partir daí pai e filho iniciaram o plano de roubar a propriedade. Antes de ir embora Rogério deixou o próprio celular com o caseiro para que assim eles conseguissem planejar o crime, tudo feito por WhatsApp.
Em depoimento, o rapaz afirmou que com o tempo o plano foi evoluindo e ele convidou o amigo Diogo André dos Santos Almeida, de 21 anos, para participar. O suspeito revelou ainda que foi de Diogo a ideia de levar a caminhonete da vítima, uma L-200, para a Bolívia e que para isso ele se comprometeu a pedir ajuda de um comparsa, já que não dirigia.