Segundo Valdete Muniz, funcionários teriam sido chamados para reunião sem saber da presença do candidato
As incertezas dos funcionários da Seleta – Sociedade Caritativa e Humanitária – diante das demissões e de como serão feitas as rescisões trabalhistas, após rescisão do convênio com a entidade que foi obrigada a demitir os funcionários que prestavam serviços à prefeitura, tem sido motivo de constantes reuniões, mas na última convocação dos dirigentes da SELETA, que não teriam informado a pauta da reunião, gerou grande desconforto aos presentes e foi parar no Ministério Público Federal e poderá trazer problemas para o candidato a prefeito de Campo Grande , Marcos Trad.
Segundo denúncia protocolada junto ao MPF (Ministério Público Federal) ontem (26) por Valdete Rizzo Muniz, os funcionários foram chamados para a reunião, supostamente para tratar do ‘acerto’ das verbas trabalhistas e teriam sido surpreendidos com um evento político do candidato a prefeito Marquinhos Trad (PSD). Ela disse que ao chegar na sala, o diretor da Seleta, Gilbraz Marques, anunciou o candidato do PSD, que passou a apresentar suas propostas para a cidade durante 20 minutos. “No encontro nada sobre a Seleta foi discutido”, disse.
Segundo Valdete o candidato teria prometido ‘momentos paz’ aos presentes e apresentou suas propostas para Campo Grande.
Valdete Muniz, afirmou ter fotos e vídeos do encontro que foi realizado na sede da entidade na na Rua Pedro Celestino, na Vila Esplanada. “Em nenhum momento falaram que era reunião política do Marquinhos. Eu como cidadã não gostei. Deveríamos ter sido avisados que era campanha política”, afirma.
Ainda segundo a denunciante representantes do Sindicatos do Empregados em Entidades Culturais, Recreativas de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul teriam ‘recomendado’ Marquinhos aos associados dizendo que ele seria parceiro da entidade.
Procurados pela imprensa, os advogados de Marquinhos Trad disseram que não tiveram acesso ao teor da denúncia e assim que forem notificados irão se manifestar.
Agora cabe ao MPF avaliar se instaura ou não o procedimento para que o Tribunal Regional Eleitoral analise a conduta do candidato.