Marcio Ariel Sánchez Giménez, o “Aguacate”, morto com 33 tiros e jogado na rua enrolado num cobertor, estava há quase quatro anos na lista de procurados da Polícia Nacional do Paraguai. Entretanto, na linha internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (MS), a condição de foragido nunca foi levada em conta.
Apontado como chefe de pistoleiros e responsável pela segurança de narcotraficantes da fronteira, Aguacate, de 35 anos de idade, circulava livremente no lado paraguaio, acompanhado por um pequeno exército de jagunços armados com fuzis. Segundo informações ele andava sempre com 15, 20 seguranças em várias caminhonetes.
O corpo do pistoleiro foi encontrado por volta de 7h de hoje na Rua Blas Garay, a cerca de 200 metros do Palácio da Justiça, em Pedro Juan Caballero. Marcio Sánchez estava com as calças abaixadas. “É para humilhar, subjugar”, disse jornalista que conhece bem a realidade da fronteira.
15 de junho – Segundo peritos da Polícia Nacional, Aguacate foi morto pelo menos 12 horas antes de o corpo ser encontrado na rua, ou seja, a execução ocorreu ontem, 15 de junho, exatamente a mesma data em que o ex-patrão dele Jorge Rafaat Toumani foi assassinado, em 2016.
No momento do atentado a Rafaat, o mais cinematográfico da história sangrenta da fronteira, Aguacate era o responsável pela segurança do chefe narco, mas não conseguiu salvar o patrão, destroçado por tiros de metralhadora calibre 50.
Desempregado, Marcio Sánchez passou a trabalhar por conta própria. Montou grupo de pistoleiros e começou a prestar serviços de segurança para criminosos da fronteira. Entre as atribuições do grupo estava executar os rivais dos patrões e outras pessoas condenadas à morte pela máfia fronteiriça.
campo grande news