Por Clauder Gaete
O vice-prefeito afastado Gilmar Olarte, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça, a pedido do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), passa o fim de semana em uma cela no Presídio Militar Estadual (PME).
Olarte se entregou na manhã desta sexta-feira (2) no 3º Distrito Policial (DP) em Campo Grande, espontaneamente, acompanhado de um advogado. Lá ele permaneceu durante parte da manhã e saiu apenas para fazer exame de corpo de delito. Ao retornar à delegacia, Olarte disse que estava tranquilo e que irá provar inocência.
O vice-prefeito afastado chegou a almoçar no local, onde ficou em uma cela com beliche, vaso sanitário e uma pia, sem regalias. Enquanto isso, a defesa de Olarte tentava uma transferência para o Comando Geral da Polícia Militar (PM).
Por volta de 15h, ainda de sexta-feira, um oficial de Justiça levou o pedido de transferência de Olarte para o Comando Geral da PM. Ele saiu correndo e entrou dentro do carro Polícia Civil, tentando fugir da imprensa. Gilmar foi levado para o Comando Geral da PM e lá ficou por poucas horas. No início da noite, ele foi encaminhado dentro de uma viatura do Batalhão d Operações Especiais (Bope) para uma cela separada no Presídio Militar Estadual (PME).
Gilmar Olarte aparece como um dos principais envolvidos em uma esquema de compra de votos para cassação do atual prefeito Alcides Bernal (PP), alvo de investigações por parte do Gaeco, dentro da Operação Coffee Break. Olarte teve a prisão temporária (de cinco dias) decretada na noite de quarta-feira (30) pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva do TJMS.