Um homem conhecido como Jorge Sofrido está desaparecido após supostamente ter sido atacado por uma onça-pintada no início da manhã desta segunda-feira, 21, em uma pousada localizada na região do Touro Morto, área rural do município de Miranda.
Segundo informações de moradores e testemunhas, o ataque teria ocorrido nas primeiras horas da manhã, no interior da pousada onde Jorge vinha trabalhando há pouco tempo. No local onde ocorreu o incidente, foram encontrados rastros de sangue e pegadas da onça, reforçando a hipótese do ataque fatal. Até o momento, o corpo ainda não foi localizado.
Jorge era uma figura bastante conhecida na região do Pantanal. Ribeirinho de origem, vivia até pouco tempo em uma barraca às margens do Rio Aquidauana e sobrevivia da pesca e da venda de iscas vivas. Segundo informações, recentemente teria começado a trabalhar na pousada onde aconteceu o ataque, porém Jorge mantinha uma forte ligação com o rio e a vida simples que sempre levou.
“Procede que ele estava na pousada, mas ele era ribeirinho mesmo. Não era caseiro, era da beira do rio. Viveu muitos anos em barraca, sempre batalhando com dignidade”, contou um morador local que o conhecia bem.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra sinais evidentes do ataque, com manchas de sangue e pertences da vítima espalhados pelo chão. A gravação mostra ainda a movimentação de moradores e policiais no local, demonstrando a comoção causada pelo desaparecimento de Jorge.
A Polícia Militar Ambiental e o Corpo de Bombeiros foram acionados e seguem realizando buscas pela região. As autoridades não descartam nenhuma hipótese, mas os vestígios encontrados até o momento indicam fortemente o envolvimento de um animal selvagem, possivelmente uma onça-pintada, comum na região pantaneira.
“Era um homem sofrido, como o próprio apelido dizia, mas tinha um coração enorme. Todos gostavam dele”, lamentou um pescador amigo de Jorge.
O desaparecimento de Jorge Sofrido, além de comover a comunidade local, também acende um alerta sobre o convívio com a fauna silvestre em áreas rurais e ribeirinhas do Pantanal, onde é comum o contato com grandes predadores.
As buscas continuam e a população acompanha com expectativa por novidades sobre o paradeiro de Jorge.