A Comunidade Cristã Aliançados, uma das igrejas evangélicas em maior crescimento em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, enfrenta uma crise interna marcada por disputas e acusações. O pastor Paulo Lemos denunciou, à Justiça do Trabalho, o presidente da congregação, Denilson Fonseca, por assédio moral e difamação contra colegas de ministério.
Segundo ex-integrantes da igreja, pastores que arrecadam menos dízimo do que outros são frequentemente comparados e constrangidos por Denilson. “Seu problema é ser pastor de pobre”, teria dito o presidente a pastores que não atingem as metas de arrecadação.
Lemos também afirma que o presidente da igreja expulsa pastores que ganham “mais visibilidade e fama” do que deveriam ou que “sabem demais”, usando como justificativa uma alegada “dificuldade financeira” da igreja. Essas denúncias contrastam com a pregação de prosperidade financeira que é uma das principais bandeiras da Aliançados, que possui uma sede suntuosa na capital sul-mato-grossense.
Outros ex-integrantes, que preferem não se identificar, corroboram as acusações contra Denilson e acrescentam que a redução dos salários dos pastores, de R$ 4.800 para R$ 2.000, em dezembro de 2023, levou muitos a abandonar a comunidade. Nos últimos anos, a igreja perdeu tanto pastores quanto fiéis, que suspeitam de um esquema de desvio de recursos.
Em Aquidauana a Igreja Aliançados funciona na rua João de Almeida Castro, no antigo Clube Feminino.