A 1ª Delegacia de Polícia de Jardim, com o apoio do Núcleo Regional de Inteligência Policial da Regional de Jardim, conseguiu, poucos dias após os graves acontecimentos de 22 de junho, identificar os responsáveis pelo crime de tortura. A partir das investigações, foi solicitada e deferida pelo Poder Judiciário a prisão preventiva dos envolvidos, que foi cumprida nesta quinta-feira (3).
As apurações realizadas pela equipe da Seção de Investigações Gerais (SIG) intensificaram-se após a denúncia de que a vítima A.C.O.F. teria sido surpreendida em sua casa por quatro indivíduos. Ela foi coagida e levada até um terreno baldio, onde sofreu agressões físicas e morais extremas, com a intenção de forçá-la a confessar um suposto furto.
O grupo atuou sob a liderança de J.V.B.A., apontado como integrante da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Além das agressões, os autores gravaram vídeos das cenas de violência, que eram usados para intimidar e disseminar mensagens, fazendo referência a um “tribunal do crime”.
As investigações também revelaram que, no mesmo dia, o grupo foi até a residência de outra vítima, A.M.G., que também foi agredida e ameaçada, evidenciando um padrão típico de atuação de facções criminosas.
Diante da gravidade dos fatos e das provas robustas, incluindo depoimentos testemunhais, reconhecimento formal dos suspeitos e registros em vídeo, a autoridade policial solicitou a prisão preventiva de J.V.B.A., L.R.S. (conhecido como “Neguinho”), W.R. (“Capetinha PCC”) e J.E.R.P., todos com indícios de ligação a uma organização criminosa de alcance nacional.
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu uma quantidade significativa de entorpecentes, levando à prisão em flagrante por tráfico de drogas de um dos investigados, além da execução da ordem judicial.
Os suspeitos foram presos e atualmente estão à disposição da Justiça no Estabelecimento Penal de Jardim.